09 de agosto de 2024
Dilze Percílio no RH

A DEFICIÊNCIA DOS EMPRESÁRIOS E LÍDERES EM PRÁTICAR A INCLUSÃO EM SUAS ORGANIZAÇÕES

Olá amigos, primeiramente, me desculpe pela ausência, mas sabe aquela expressão “o ano começa depois do carnaval”? Pois é, fui literalmente atropelada por 2013, com aumento da demanda por meus serviços de Consultora de Carreira. Santo Zagallo, acho que esse será um ano se SORTE !!! Mas daí deixei meu seguidores e leitores abandonados. Minhas sinceras desculpas. 

Hoje vou falar sobre as dificuldades de inclusão de Pessoas com Deficiência (PCDs) no mercado de trabalho. Sei da complexidade do tema e não me proponho a esgotar a discussão, apenas ressaltar um dos fatores dessa equação: a Visão Míope do Empresariado e dos Líderes. Mas só para dar a dimensão, vamos registrar aqui os fatores mais importantes dessa equação: Empresariado/Líderes, Pessoas com Deficiência, Falta de Capacitação, Falta de Comunicação, Processo Produtivo/Organizacional e Lei de Cotas.

Vamos montar a equação? Então lá vai: A falta de capacitação dos profissionais disponíveis no mercado de trabalho é uma realidade, mesmo que muitas vezes não se apontem “todos” os culpados por ela. Mas a falta de capacitação não é exclusividade das PCDs, e em muitos casos, ela é menor em alguns casos em comparação aos profissionais sem deficiência, já que temos as entidades representativas das PCDs e programas do governo que oferecem cursos gratuitos e algumas ajudas de custo. Dois exemplos simples: 1. é muito mais comum achar um auxiliar de produção PCD com curso de informática, cursos profissionalizantes na área industrial e administrativa, em relação aos demais auxiliares de produção; 2. Da mesma forma é muito mais comum profissionais com curso superior completo para uma seleção de Analista Administrativo que nas seleções dos demais profissionais.

Isso reflete também o fato da capacitação estar muito mais ligada ao desenvolvimento on the job, ou seja, no ambiente de trabalho, do que nas escolas formais, devido à complexidade dos processos produtivos. E justamente devido a essa complexidade e por terem que cumprir a Lei das Cotas, as empresas passaram a ter a certeza que teriam que colocar os PCDs nos cargos operacionais e ponto final !!! Mas eu li bem os decretos e normativas e isso não ESTAVA ESCRITO em nenhum lugar.

Então, hoje, para mim, ouso dizer que a dificuldade de inclusão de Pessoas com Deficiência e Reabilitados do INSS no mercado de trabalho é mais impactada pela falta de comunicação entre a PCD que busca trabalho e as empresas que buscam talentos, seja para cumprir cotas ou não, e a miopia dos empresários e líderes, seja na seleção desses talentos ou a gestão deles no dia-dia de trabalho.

É claro que as empresas e gestores têm que se adaptar aos diferentes. Mas isso é uma condição que existe desde que o mundo organizacional é mundo. antigamente não tinha banheiro feminino no chão-de-fábrica, assim como nas Diretorias, mas identificando os talentos das mulheres, as empresas se adaptaram. Enfrentaram mudanças físicas e nas condições de trabalho, com benefícios como licença maternidade e auxilio creche. Porque fizeram isso? Por que perceberam no estilo de Liderança Feminina um jeito diferente e eficaz de coordenar pessoas e processos, e nas atividades operacionais, destacou-se a capacidade de ser multifuncional e ao mesmo tempo detalhista.

Porque então essa dificuldade para perceber os talentos das pessoas que são diferentes por suas habilidades mentais, motora e/ou auditiva? Não conheço nada mais democrático que o TALENTO. Ele independe de sexo, raça, credo e deficiência !!!

Ai que saudade eu estava de “conversar” com vocês. Por favor, mandem comentários.

 

Abraços, Dilze Percilio

 

 


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