No ano de 2017, estão sendo investigados pela Secretaria Estadual de Saúde três casos de Febre Amarela, incluindo uma morte. De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica da SES, Magna Maria de Carvalho, 94% da população goiana já se vacinou contra Febre Amarela e não há necessidade de fazer uma revacinação. No entanto, ela alerta para que alguns municípios reforce a cobertura vacinal.
“Há 10 municípios que a cobertura vacinal é menor do que 60%: Baliza, Adelândia, Aruanã, Jussara, Campinaçu, Amaralina, Trindade, Sítio da Abadia, Guarani e Itarumã. Magna Maria disse que é preciso ainda ter cuidados para que a população das zonas rurais também sejam vacinadas”, explicou.
Magna Maria explicou que Goiás recebe cerca de 80 mil doses de vacinas por mês. No último mês, por conta do crescimento do quantitativo de casos em Minas Gerais, São Paulo e no Espírito Santo, o Ministério da Saúde aumentou em 30% o número de doses para Goiás, mas que a situação está sob controle, mesmo nas cidades que fazem fronteira com Minas Gerais.
“A Febre Amarela é uma doença endêmica em Goiás. Nós sempre temos registros de casos. Em 2015, tivemos seis casos com quatro óbitos, em 2016, três casos, sendo três óbitos. É uma doença que tem como prevenir, a principal prevenção é a vacinação. Goiás tem uma boa cobertura de vacinação contra a Febre Amarela, na ordem de 94%. Goiás recebe cerca de 80 mil doses por mês para vacinar de forma rotineira. Temos vacinas suficiente, mas não há a necessidade de se revacinar toda a população. Quem tomou menos de duas doses devem procurar uma unidade de saúde”, destacou.
Magna Maria de Carvalho explicou que a situação de Goiás não é igual a de outros estados por conta da cobertura vacinal. Nas outras regiões a população não está tão bem protegida, pois parcela significativa dos habitantes não tomou vacina.
“A primeira preocupação é em cima das pessoas que não se vacinaram. Não vivemos situações de outros estados, por conta da cobertura vacinal”, relatou.
Outros cuidados
Quanto a pessoas que não tomaram ou que há restrições para tomar a vacina, por exemplo, gestantes e crianças com menos de seis meses, é preciso de cuidados adicionais como cobrir mais o corpo em regiões de mata, principalmente no início da manhã e no final da tarde, horário de maior atuação do mosquito Aedes Aegypti.
A gerente de Vigilância Epidemiológica ainda destacou que a Secretaria de Saúde tem orientado as prefeituras a intensificarem o combate ao mosquito Aedes Aegypti que além da Dengue, transmite a Febre Amarela e outras doenças.
Números
O Ministério da Saúde registrou até terça-feira, dia 24, 438 casos suspeitos de febre amarela, com 89 mortes. Do total, 364 permanecem em investigação, 70 foram confirmados e quatro descartados. Das 89 mortes notificadas, 40 foram confirmadas e 49 permanecem em investigação. Os casos foram registrados em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Distrito Federal. Minas Gerais é o Estado com o maior número de registros até agora.