Qual foi o resultado da derrota da administração do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), na votação do reajuste do IPTU em 25%? O quê significou a derrota que foi provocada por não cumprimento de um acordo feito com a oposição? Quanto deixará de entrar no caixa da prefeitura de Goiânia com o voto contrário dos vereadores petistas Felisberto Tavares e Tayrone de Martino?
A resposta a esta e outras perguntas é esta: R$75 milhões.
Este é o volume de recursos que a prefeitura de Goiânia deixará de arrecadar por causa da derrota do reajuste de 25% que estava negociado entre a líder do prefeito, vereador Carlos Soares (PT), e a oposição.
O número terá um consequência: o ano de 2015 será difícil do ponto de vista financeiro para a prefeitura de Goiânia.
O resultado político: é provável que a administração de Paulo Garcia tenha muito mais dificuldades para recuperar a imagem na avaliação do eleitor goianiense.
A pesquisa Grupom que mostrou uma avaliação negativa de 85% na gestão do petista revela o quão difícil é a tarefa do atual prefeito. (Veja íntegra da pesquisa aquí)
No entanto, muitos investimentos serão feitos com o suporte do orçamento federal e de financiamentos. Garcia poderá mostrar obras em andamento. Mas, será que vai conseguir concluí-las?
Se existia um objetivo da oposição em enfraquecer a administração de Paulo, ele foi alcançado.
Porém, havia um acordo entre o líder do prefeito e a oposição para aprovar o índice de 25% para 2015 e não votar o índice de 39% para 2016.
O quê levou ao rompimento? Eis a questão. O prefeito Paulo Garcia vai perceber que a derrota nasceu dentro de sua própria base. De novo, como em 2013, e de novo … até quando?
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .