Vision Pro vai custar US$ 3.499 nos EUA (cerca de R$ 17 mil, em conversão direta), mas no Brasil, com certeza, será mais caro. (Foto: divulgação)
Difícil imaginar que as pessoas vão sair às ruas usando um óculos de “realidade mista” nada discreto com um cabo ligado a um carregador que vai ao bolso. Mas é assim que o “Vision Pro” da Apple, é. De toda forma, este que promete ser um dos maiores lançamentos tecnológicos dos últimos anos, não parece ser nada prático, apenas moderno.
Há dez anos já vimos algo semelhante – na ideia, não do design – quando o Google tentou lançar o Google Glass e fracassou com o projeto que não teve sucesso. Hoje o produto está arquivado em uma das “gavetas” mais profundas da big tech.
Agora, apostando novamente nisso, a Apple revelou o “Vision Pro” durante a WWDC 2023, conferência anual da marca, realizada nesta segunda-feira (5). A big tech, que também anunciou a nova versão do sistema operacional do iPhone, o iOS 17, e novos modelos de MacBook, incluindo um MacBook Air de 15 polegadas, porém, deu destaque pro óculos de “realidade mista”.
O evento, que aconteceu de forma presencial em Cupertino, na Califórnia (EUA), com transmissão ao vivo pelo YouTube da empresa, deixou para o final o anúncios do produto. Com preço inicial de US$ 3.499 (cerca de R$ 17 mil, em conversão direta), mas claro que no Brasil custará mais do que isso.
De acordo com a Apple, o Vision Pro dispensará telas e criará uma interface diretamente por cima do lugar em que a pessoa está. Além disso, o óculos terá integração total com apps nativos da Apple, e vários outros aplicativos famosos, como o editor Lightroom, ganharão versão para o óculos de RA também.
Com display 4K em tecnologia microLED, o Vision Pro ainda terá sensores que identificam o movimento das mãos e dos olhos, permitindo uma interação mais ágil com o que está sendo mostrado na “tela” vista pelo usuário. Veja um dos vídeos divulgados pela Apple.
Entre outros “atributos” do produto, estão coisas como: os olhos de quem está usando poderão ser visto por pessoas próximas, para que o usuário possa interagir com o mundo real e o virtual, por isso chamado de óculos de realidade “mista”; assistir filmes em 3D, filmar em 3D e até ampliar a tela do notebook de forma digital.
A expectativa é de que o produto seja lançado já no início do ano que vem nos Estados Unidos, e expectativa é de que vá para as lojas de outros países, caso não seja um fracasso de vendas, claro. Mesmo assim, com o vídeo, com as explicações, há várias dúvidas sobre o produto como: e quem usa óculos de grau? Quanto tempo dura a bateria do produto (já que a Apple é famosa por ter produtos que tem baterias que não duram muito tempo)? A pessoa precisa usar olhando para uma parece plana sem objetos ou não há interferências?
Além das dúvidas, o questionamento continua: para que serve o produto? Em que ele vai agregar a produtividade de algo? Aumentará o entretenimento do usuário? Não há riscos de acarretar nenhum problema de saúde? Apesar de ser um lançamento ousado e realmente tecnológico, não mostra a que vem. Mostra apenas uma ânsia de mostrar algo novo e diferente, e só. Agora, basta esperar para “ver”.