Ao apontar o déficit de R$ 300 milhões na Prefeitura, o atual gestor de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), alegou que o ex-prefeito da cidade, Vilmar Mariano, preferiu pagar o valor de R$ 135 milhões para alguns fornecedores, em seu último mês de mandato, dezembro de 2024, do que efetuar o pagamento da última folha dos servidores públicos municipais.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, o valor da folha liquida dos servidores é estimado em R$ 40 milhões. Com encargos, vai a R$ 58 milhões. Ao todo, 11.370 servidores estão sem o salário de dezembro, o que impacta, de forma indireta, mais de 50 mil pessoas, incluindo familiares que dependem dos recursos para o sustento.
Para Vilela, Vilmar deu um verdadeiro calote nos servidores. Além disso, o prefeito aponta que o valor deixado em caixa é de apenas R$ 9 milhões. A ação prevista para iniciar a quitação das dividas é a revisão de todos os contratos e contingenciamento em no mínimo 30% na nomeação de cargos comissionados.
“Queremos fazer uma economia forte para honrar os compromissos e colocar Aparecida de volta nos trilhos do desenvolvimento”, afirmou Vilela. A folha salarial só deve ser paga, porém, quando a Prefeitura tiver recursos em caixa. Conforme a assessoria do município, a administração enfrenta, no entanto, dificuldades até mesmo para arrecadar. A informação é de que o ex-prefeito também não pagou a internet, tampouco a empresa que fazia manutenção no sistema.
Quebra de tradição
De acordo com a nova gestão da Prefeitura, Vilmar quebrou uma tradição de mais de 15 anos implantada por Maguito Vilela e continuada por Gustavo Mendanha de pagar a folha dentro do mês trabalhado. “Nem o último prefeito antes de Maguito, José Macedo, deixou os servidores com salários atrasados”, disse.
O ex-prefeito foi procurado pela reportagem do Diário de Goiás. No entanto, ainda não houve resposta às ligações e mensagens. O espaço está aberto para manifestações do político e sua equipe.