07 de agosto de 2024
Regime de urgência • atualizado em 26/05/2022 às 14:09

Viaduto Iris Rezende é aprovado em primeira votação  

Projeto está tramitando em regime de urgência na Casa para ser aprovado antes da inauguração do viaduto entre a Avenida Goiás Norte e a Avenida Perimetral Norte
Texto foi aprovado em primeira votação e deve ser aprovado antes da inauguração (Foto: Google Maps)
Texto foi aprovado em primeira votação e deve ser aprovado antes da inauguração (Foto: Google Maps)

Uma semana após a apresentação da matéria, o plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeira discussão, a alteração para que o viaduto entre a Avenida Goiás Norte e a Avenida Perimetral Norte leve o nome do ex-governador Iris Rezende Machado. O projeto do vice-presidente da Câmara Municipal, Clécio Alves (Republicanos), foi incluído e aprovado por unanimidade entre os vereadores antes de e parlamento suspender a sessão para a entrega da Medalha Pedro Ludovico Teixeira ao arcebispo de Goiânia, Dom João Justino de Medeiros Silva. 

Antes da votação, o plenário arquivou um projeto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) que nomeava o mesmo viaduto como “Viaduto Bispo Abigail Carlos de Almeida”. O pedido foi feito pelo próprio prefeito, que confirmou a homenagem a Iris Rezende durante entrevista coletiva. “Não temos nada que impeça que o novo viaduto receba um novo nome e que este projeto seja aprovado”, comentou.  

O projeto foi aprovado por unanimidade entre os parlamentares e segue para a Comissão de Obras da Câmara, onde precisa ser aprovado para voltar ao Plenário da Casa para a votação em definitivo. A tramitação, que está sendo feita em regime de urgência, inclusive está contando com a articulação do autor da matéria. Mesmo em casa com Covid-19 e dengue, o parlamentar tem ligado para vereadores da Casa e para os membros da Comissão para que o texto seja aprovado o mais breve possível e para que a inauguração da obra, prevista para a próxima terça-feira (31), já conte com a homenagem ao ex-prefeito.  

Em defesa do projeto, Clécio afirmou que, “se pudesse alterar o nome de Goiânia, faria” para homenagear o amigo que considera como professor e um dos principais estadistas que Goiás teve. “[Defende várias homenagens] porque se formos tirar de Goiânia o que o Iris fez, só fica o ‘cerradão’. Iris fez 90% de tudo que há de bom em Goiânia”, defendeu.  

Sem citar a rejeição ao projeto que alterava o nome da Avenida Castelo Branco, que foi vetado pelo prefeito e teve o seu veto mantido no plenário da Casa, o vereador agradeceu aos parlamentares pela aprovação e citou apoio do parlamento e também do Executivo, que retirou o projeto de homenagem ao Bispo Abigail.  

“É um projeto do Poder Legislativo, mas que também contou com um apoio do Executivo. Fica em especial o meu agradecimento ao prefeito de Goiânia, que retirou o projeto de alteração do nome para nomear o viaduto como Viaduto Abigail Almeida”, defendeu Clécio Alves.  

Além de Clécio, a sessão, que foi rápida, contou com manifestações favoráveis dos vereadores Juarez Lopes (PDT), Izídio Alves (MDB) e Cabo Senna (Patriota), que se manifestaram durante a sessão. Senna, por sua vez, foi mais crítico e levantou a discussão sobre as várias tentativas de homenagens que têm sido feitas pelos parlamentares. Todas para Iris Rezende.  

“Votarei favorável, mas é interessante os vereadores ficarem atentos, porque senão tudo vai mudar o nome para Iris Rezende. Ele foi um político que fez história e que mesmo depois da sua passagem está em voga, mas nós temos que nos ater a isso, senão vai colocar o nome dele em toda a Goiânia, ou vai mudar muitos [nomes] para [homenagear] ele”, defendeu o parlamentar. 

O pedetista também corroborou da opinião, mas diz crer que “isso não vai acontecer”. Segundo o parlamentar, as outras homenagens encontraram mais problemas porque não foram planejadas e, deveria ser algo de governo, algo planejado, como aconteceu com o viaduto da Região Norte, que é notarialmente conhecida como uma região de atuação e de feitos de Iris .  

“A região norte é uma das regiões onde o ex-prefeito mais trabalhou e também está certo que seja um projeto de Clécio, que foi amigo do ex-governador”, defendeu o pedetista.  

CCJ 

O texto foi incluído um dia após a aprovação na Comissão de Constitutição, Justiça e Redação (CCJ). Na comissão, os parlamentares lembraram a manutenção do veto ao projeto que alterava o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende, que também foi apresentado por Clécio Alves, ex-emedebista, e contou com a assinatura de quase todos os parlamentares. Após pressão dos comerciantes da Região, o projeto no entanto foi vetado e o Plenário da Casa decidiu manter o veto. O evento foi o estopim para que Clécio deixasse a liderança do MDB na Câmara e, posteriormente, culminou na saída do vereador da sigla.  

O evento foi comentado pelos parlamentares durante a discussão do projeto. Segundo o presidente da Comissão, Henrique Alves (MDB), o novo projeto é diferente do que teve o seu veto mantido no plenário da Casa, uma vez que “não causa um transtorno”, como causou o da alteração da Avenida Castelo Branco.  

“Toda homenagem é bem merecida, bem vinda. E, por mais que fosse merecida [a homenagem vetada], causaria um transtorno muito grande se alterasse o nome da Castelo Branco. [Agora se trata] de uma obra feita pelo ex-prefeito Iris Rezende, de uma obra que não tem nome. Agora sim teremos uma homenagem para levar o nome do ex-prefeito Iris Rezende e [o viaduto] será reconhecido pelo nome”, defendeu o presidente. 

Além do emedebista, também se manifestaram os vereadores Pastor Wilson (Por Mais Brasil), Bruno Diniz (PRTB), William Veloso (PL), Pedro Azulão Jr (PSB) e o relator do projeto, o vereador Mauro Rubem (PT), que defenderam a homenagem ao ex-prefeito de Goiânia.  

A tentativa recorrente, segundo Bruno Diniz inclusive é uma “prova da lealdade que Clécio teve com Iris Rezende” e agora os parlamentares poderão homenagear o ex-prefeito e ex-governador “sem criar qualquer tipo de conflito”, como aconteceu no projeto vetado pelo Paço Municipal.  

É o que também defende William Veloso que justificou o voto favorável a matéria como uma nova oportunidade para homenagear Iris. “Fomos contra a alteração do nome da Castelo Branco porque sabíamos que haveria problemas com os lojistas, mas eu tinha a esperança de que teríamos uma nova oportunidade para compensar aquela mal sucedida tentativa”, defendeu o liberal.  

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