12 de setembro de 2024
Bastidores do Poder

Vereadores suspendem sessões da CEI da Comurg que caminha para reta final

Colegiado vai dedicar semana a "análise minuciosa" de documentação
(CEI da Comurg. Foto: Domingos Ketelbey/DG)
(CEI da Comurg. Foto: Domingos Ketelbey/DG)

Esvaziada após vereadores da própria Comissão Especial de Inquérito que apura irregularidades na Comurg indicarem nomes para compor cargos no primeiro escalão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), os parlamentares decidiram suspender as sessões que ocorreriam nesta semana. Eles prometem entre esta segunda-feira (22/05) e terça-feira (23/05), dedicar “à análise minuciosa de documentos e contratos com empresas fornecedoras”.

Os parlamentares devem voltar à sessão da CEI apenas na próxima segunda-feira (29/05) e com requerimento aprovado pelo relator Thialu Guiotti (Avante) a entrega do relatório fica para o dia seguinte. O presidente da CEI, Ronilson Reis (PMB) tem um requerimento pronto pedindo prorrogação dos trabalhos mas ainda não conseguiu colocá-lo em apreciação.

De todo o modo, com o relatório entregue, o plenário da Câmara dos Vereadores deve aprová-lo. Caso não haja aprovação, os trabalhos continuam no prazo estabelecido ainda na abertura da CEI. Essa opção dificilmente deve ocorrer. Ainda assim, o vereador Henrique Alves (MDB), que está na base do prefeito Rogério Cruz, prega que a avaliação dos pares deve ser feita de forma minuciosa.

Ao Diário de Goiás, ele destaca que não vê problemas em continuar com os trabalhos da comissão. “Acho até que precisaríamos ouvir mais alguns eventuais depoentes. De todo o modo, já temos material robusto para avaliar inúmeras irregularidades na Comurg. Tem sido um trabalho produtivo”, reforçou. 

Questionado sobre nomes como o controlador-Geral do Município (CGM) Gustavo Cruvinel e Vinicius Alves, secretário de Finanças que tiveram seus nomes convocados por meio de requerimentos ainda nas primeiras sessões tocadas pelo colegiado, Henrique disse que a pergunta deveria ser direcionada ao presidente da CEI, Ronilson Reis (PMB). O mesmo, no entanto, não retornou as ligações da reportagem.

Vice-presidente da CEI da Comurg, Welton Lemos avalia que não há dificuldade em prosseguir com a CEI para além do dia 30 caso haja necessidade. “O jurídico da CEI e da Câmara vão avaliar todos os documentos encaminhados com os depoimentos feitos pelos depoentes. Estamos todos empenhados nisso. Se houver alguma contradição, vamos ter de repetir as oitivas”, destacou ao Diário de Goiás.

Ele, no entanto, mostra-se satisfeito com o que foi feito até aqui. “As principais peças que precisávamos de ouvir já ouvimos. Todas as pessoas que tinham envolvimento concreto com a Comurg já foram ouvidas”, salientou. Agora, ele aguarda que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) possa, com o relatório pronto, tomar as devidas providências.

Welton Lemos não cita o nome do presidente da Comurg, Alisson Borges, mas diz que o relatório que será entregue exigirá do prefeito que haja um “choque de gestão” na companhia. “Vamos entregar [o relatório] de forma técnica e pedir o afastamento de quem quer que seja”, completou.


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