10 de agosto de 2024
Política • atualizado em 13/02/2020 às 00:45

Vereadores querem passar a limpo gestões de Iris e Paulo

Um dia após a aprovação de requerimento para que seja instaurada uma Comissão Especial de Inquérito a fim de apurar as finanças da Prefeitura de Goiânia, vereadores se manifestaram para saber qual foi a evolução das contas do Município desde o período em que Iris Rezende administrava a cidade. A intenção dos parlamentares não é apenas saber se há déficit, mas identificar quando foi originado.

Foi aprovado nesta quinta-feira (2), um aditivo ao objeto inicial da CEI, ou seja, a análise será dos últimos oito anos. A proposta foi apresentada pelo vereador Elias Vaz (PSB) e aceita por 27 parlamentares. O pessebista entende que mesmo o ex-prefeito Paulo Garcia (PT) tendo deixado um déficit, a origem está na gestão de Iris, incluindo passivos no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM).

“Nós queremos fazer justiça. Eu fui um dos mais críticos da administração anterior. Eu tenho informações que o Iris entregou com dívidas o IPSM para o Paulo Garcia. Se isso for verdade, o Iris também tem responsabilidade. É obvio que politicamente hoje a estratégia é adotar o discurso de “terra arrasada”, e não pode ser assim, tudo não pode ser culpa do ex-prefeito. “, argumentou.

O vereador Clécio Alves (PMDB) que nas últimas prestações de contas realizadas pelo Executivo para a Comissão Mista da Câmara fez duras críticas ao ex-prefeito, Paulo Garcia, entende que seria importante sim analisar não só as finanças no período administrado pelo petista, mas também no período do antecessor dele, que é o atual prefeito, Iris Rezende.

“Claro. Não só acho que é necessário, como havia esta mesma proposta na legislatura anterior, até para não se cometer injustiças. Não pode em determinado momento como este se fazer este querer fazer caças as bruxas e responsabilizar o ex-prefeito Paulo Garcia. Nós precisamos pegar desde o primeiro dia da gestão de Iris Rezende até o último dia de Paulo Garcia. O ex-prefeito disse que entregaria a Prefeitura de Goiânia em melhores condições que recebeu. A gente tem visto que a realidade é outra. Com esta comissão, saberemos a verdade”, afirmou.

O propositor da Comissão Especial de Inquérito foi o vereador Jorge Kajuru (PRP). O parlamentar destacou que primeiro não acredita em retirada de assinaturas por parte de colegas. Ele avalia que o importante neste momento é saber se Paulo Garcia realmente deixou uma “herança maldita”, ou se Iris não está tendo capacidade de conduzir a administração.

“Há uma disposição enorme desta casa de apurar os fatos. 31 vereadores assinaram o nosso requerimento. Eu gravei o registro de assinaturas para que ninguém recue, porque para mim assinatura é como palavra, quando você diz, você vira escravo dela. Queremos saber pontos como contratos, licitações, o déficit mensal de R$ 30,7 milhões, entre outros. O Paulo Garcia deixou uma herança maldita ou o Iris Rezende neste começo de mandato não está tendo capacidade para viabilizar este mandato”, afirmou.

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