O vereador Ronilson Reis (sem partido) conseguiu reunir na manhã desta terça-feira (01/03), 24 assinaturas para abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar irregularidades na Comurg. O encontro acontece na Câmara dos Vereadores e entre os parlamentares está o presidente da Câmara Romário Policarpo (Patriota).
Agora, o requerimento segue para o trâmite no processo legislativo, em que após ser acatada pela presidência, os nomes para compor a comissão serão anunciados. A abertura da CEI tem como principal contexto uma denúncia apresentada por e-mail, em setembro do ano passado, à presidência da Câmara, com cópia para todos os vereadores e outros órgãos de controle.
ENTREVISTA: CEI da Comurg é ‘prova clara’ que relação entre Câmara e Paço não é harmônica, destaca autor do requerimento
Reis vem desde dezembro reunindo assinaturas e convencendo parlamentares a formalizarem a Comissão. O assunto gerou desconforto em outros parlamentares da base gerando críticas do ex-vereador e hoje deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), aliado do prefeito Rogério Cruz. Entre os 24 vereadores que assinaram o requerimento, três são do Republicanos: Léo José, Isaias Ribeiro e Sabrina Garcez.
A reunião acontece semanas após o secretário de Governo, Jovair Arantes (Republicanos), que chegou a dizer em coletiva a jornalistas durante visita a Câmara dos Vereadores que Goiânia no começo de fevereiro não poderia ter “várias prefeituras, prefeitinhos”.
A ação vem em um momento em que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) têm acenando mudanças no Paço Municipal e colocado indicações de parlamentares sob risco. Para abrir espaço ao PP entrar no Governo, Rogério Cruz teria considerado mexer na secretaria de Educação.
O objetivo da CEI será apurar irregularidades na administração e dívidas da Companhia Municipal de Urbanização (Comurg) com o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS), Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e fornecedores. “Trata-se de uma investigação urgente, com fundamentação e indícios fortes de improbidade administrativa e desvio de dinheiro público”, destacou Ronilson.
Leia mais sobre: Política