O vereador Paulo Magalhães (União Brasil) apresentou um projeto de lei nesta quinta-feira (25/05) que busca proibir a realização de partidas de futebol, em dias úteis, antes das 20 horas, nos Estádios da Serrinha, Onésio Brasileiro Alvarenga-OBA e Antônio Accioly, locais onde, Goiás, Vila Nova e Atlético Goianiense, respectivamente, mandam seus jogos nos campeonatos que disputam.
De acordo com o vereador, que é morador do Setor Pedro Ludovico, o jogo entre Goiás x Universitário, válido pela Copa Sul-Americana foi o estopim para a criação do projeto de lei. O parlamentar alega que o evento deixou o tráfego de veículos na região “intransitável”. O texto cita o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) nas proximidades. Ele também menciona a sede da Polícia Federal, em frente.
A proibição, porém, segundo o projeto, não se aplica ao Estádio Serra Dourada. Na proposta, Magalhães determina que o órgão municipal que cuida do trânsito na capital poderá nos dias de jogo de futebol restringir o estacionamento de veículos no perímetro dos estádios, como forma de garantir o ir e vir dos cidadãos.
Pelo projeto, a Prefeitura não pode alterar o fluxo das vias ou permitir a circulação apenas em uma pista, em decorrência da partida de futebol. “Igualmente”, cita o vereador, “a infração ao dispositivo desta lei importará na aplicação de multa no valor de R$ 50 mil por jogo, sem prejuízo de apuração e punição dos responsáveis”.
Paulo Magalhães concorda que o projeto irá provocar fortes debates entre dirigentes dos clubes, torcedores e a imprensa esportiva. Mas reafirmou: “A realização de jogos em dias úteis e em horários de maior fluxo de veículos restringe o direito de ir e vir da população, bem como causar sérios impactos na mobilidade urbana”.
E finalizou: “Goiânia possui o estádio Serra Dourada, que foi criado para proporcionar maior conforto aos torcedores, pois possui uma estrutura para receber o maior público, com amplo estacionamento, acesso facilitado por avenidas largas e baixo impacto aos transeuntes. Minha proposta visa, portanto, reduzir o impacto maléfico, caos urbano, constrangimento e violência”.