22 de dezembro de 2024
Crime

Morta na porta de casa: veja o que se sabe sobre caso da PM Vaneza Lobão, que investigava a milícia

Um suspeito foi preso neste sábado, em ação que ocorreu durante as investigações que buscam pelo responsável do crime
Vaneza Lobão tinha 31 anos, morava com a esposa, e foi morta em um momento de folga, antes de ir para a academia. (Foto: reprodução/redes sociais)
Vaneza Lobão tinha 31 anos, morava com a esposa, e foi morta em um momento de folga, antes de ir para a academia. (Foto: reprodução/redes sociais)

Vaneza Lobão, de 31 anos, foi assassinada na sexta-feira (24) à noite, em frente de casa, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Considerada profissional séria e que estava determinada a investigar casos de milícia, ela trabalhava na estrutura da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). Com 10 anos à frente da PM, e formada em Direito, Vaneza chegou a ser condecorada com o distintivo “Lealdade e constância” pela corporação e ainda se formou com a maior nota no curso especial de formação de cabos.

O que foi divulgado sobre o caso e do que foi investigado, até agora, é de que Vaneza Lobão foi morta por volta de 21h30 da sexta, em um momento de folga, antes de ir para a academia. Ela foi morta por alguém que portava um fuzil.

No início da madrugada deste sábado (25), a Polícia Militar do 27ºBPM já prendeu um miliciano, durante as diligências em busca de suspeitos no caso da morte de Vaneza Lobão, e com ele foi encontrada uma arma de fogo, também apreendida.

Vale lembrar que todas as descrições feitas sobre a policial e divulgadas na imprensa, tanto por familiares, quanto por colegas de profissão, são de que ela era “tranquila, idônea, séria”. E as principais hipóteses que devem explicar a motivação do crime, segundo O Globo, por enquanto, são a de retaliação dos criminosos por conta do trabalho realizado pela policial, que investigava a atuação de milícias e o fato de milicianos suspeitarem que ela estaria passando à corporação informações sobre a movimentação dos bandidos no cotidiano da localidade onde vivia.

Com a morte de Vaneza, de acordo com o Disque Denúncia, já são 52 os policiais mortos em ações violentas no estado do Rio de Janeiro apenas em 2023. 46 são da Policia Militar, três Policiais Penais, um da Polícia Civil, um do Corpo de Bombeiros e um da Guarda Municipal.

Ainda sobre o crime, tanto o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, quando o ministro da Justiça e Segurança Pública, se manifestaram. Castro lamentou a morte de Vaneza Lobão nas redes sociais: “Me solidarizo com a família da nossa policial militar Vaneza Lobão, que foi brutalmente assassinada ontem. Há indícios de que sejam milicianos, o qual ela investigava, ela fazia parte da nossa corregedoria. E eu determinei que a resposta fosse rápida e dura. Nós não deixaremos que policiais, que fazem o seu trabalho bravamente, corram o risco e fiquem a mercê dessa bandidagem. Pode ser miliciano, traficante, estamos combatendo e iremos atrás. Só vai aumentar cada dia mais a nossa vontade de botar esses criminosos na cadeia”, escreveu.

Dino classificou como “terrível crime cometido contra a policial Vaneza Lobão, no Rio de Janeiro”. Veja a postagem do ministro na íntegra.


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