Os produtores de soja do estado de Goiás já podem plantar o grão a partir da próxima segunda-feira (25/09). O período de 90 dias sem soja nas lavouras, também chamado de vazio sanitário, termina em 24 de setembro. Em outras palavras, o objetivo é evitar a ferrugem asiática, uma doença causada por um fungo que ataca as lavouras.
A regra é da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que segue a Instrução Normativa nº 02, de abril de 2022. A medida é importante para garantir a saúde das plantas no Estado, que é o terceiro maior produtor de soja e de grãos do Brasil, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão é que Goiás colha 17,7 milhões de toneladas de soja na safra 2022/2023, um aumento de 2% em relação à safra anterior.
Leia também: Agrodefesa cria Gerência de Educação Sanitária para promover boas práticas a produtores
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, elogia os agricultores que respeitaram o vazio sanitário e seguiram as medidas fitossanitárias para prevenir pragas e doenças nas lavouras.
“O agricultor sabe que é importante cumprir os prazos e reconhece como essa medida traz retorno para a atividade agrícola. Agora, a partir da próxima segunda-feira, ele volta ao campo para iniciar o plantio da soja e temos certeza que será uma safra de excelente produtividade”, enfatiza Caixeta.
Ministério da Agricultura
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou em agosto deste ano a Portaria nº 865 que atualiza o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS). O programa tem como objetivo fortalecer a produção da soja com ações de defesa sanitária vegetal, pesquisa agrícola e assistência técnica.
Entre as ações do programa estão: o vazio sanitário, para reduzir o fungo causador da doença; e o calendário de semeadura da soja, que é recomendado para diminuir o número de aplicações de fungicidas e nesse sentido evitar a resistência do fungo.
Leia também: Mundo Novo quer exportar melancias com selo de qualidade da Agrodefesa
O programa também considera as particularidades regionais, desde que não comprometam a sustentabilidade da cadeia produtiva. Por fim, em Goiás, o plantio da soja está liberado até 2 de janeiro de 2024.
Leia mais sobre: agrodefesa / Notícias do Estado
