O Vaticano classificou, por meio do documento ‘Dignitas Infinita’ as cirurgias de mudança de sexo, aborto, eutanásia e barriga de aluguel como “ameaças graves à dignidade humana”. O pronunciamento foi aprovado pelo Papa Francisco e elaborado pela ala mais conservadora da Igreja Católica, que é liderada por bispos africanos. Por outro lado lado, o documento defende que pessoas LGBTQIA+ sejam respeitadas.
Nas redes sociais, usuários do X (antigo Twitter) se mostraram insatisfeitos com as falas do Vaticano, e uma das internautas destacou que “é bastante contraditória essa posição do Vaticano… Não à ideologia de gênero, mas defende os direitos das pessoas LGBT”. Vale lembrar que o novo posicionamento ocorre após o Vaticano ter lançado um documento que autoriza que padres concedam bênçãos a casais do mesmo sexo dentro das igrejas.
É importante frisar que o papa aprovou o documento depois de solicitar que o documento também mencionasse “a pobreza, a situação dos migrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico de seres humanos, a guerra e outros temas”, como também sendo ameaças. A informação é do chefe do Gabinete Doutrinário do Vaticano, o cardeal Victor Manuel Fernandez, em comunicado.
O papa Franscisco tem sido frequentemente criticado por católicos conservadores devido à sua aparente posição liberal. Alguns o acusam de afastar demais a Igreja Católica de algumas doutrinas tradicionais. No lado oposto, alguns liberais, alegam ele não faz o suficiente para encorajar a Igreja a evoluir nestas questões.
Bênçãos a casais do mesmo sexo
Segundo o papa, a decisão de conceder a bênção a casais do mesmo sexo, em parte foi mal compreendida. O Vaticano tem buscado enfatizar que as bênçãos não representam “endosso” ou “absolvição” de atos homossexuais. Para a igreja a união de casais homossexuais não deve ser vista como algo equivalente ao sacramento do matrimônio para casais heterossexuais.
Leia mais sobre: Papa Francisco / Vaticano / Mundo / Variedades