A variante britânica do coronavírus Sars-CoV-2, a B.1.1.7 pode ter taxa de mortalidade até 61% maior que as demais variantes do patógeno. É o que indica uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (15) na respeita revista científica Nature.
De acordo com o estudo, o risco de morte pode ser de 42% a 82% maior. O estudo apontou “aumento substancial” no risco absoluto de morte entre grupos de idade mais avançada.
A mortalidade entre homens com 85 anos ou mais sobe 17% para 25%. Para mulheres nessa faixa etária, o risco de morrer aumenta de 13% para 19%.
Na faixa de 70 a 84 anos, os homens têm 7,2% de risco de morte, frente a 4,7% com as demais variantes. As mulheres dessa idade infectadas pela B.1.1.7 têm 4,4% de desenvolver covid-19 letal, frente a 2,9% com outras versões do vírus.
Para aqueles indivíduos com menos de 70 anos, o risco de morte continuou abaixo de 1% em todos os grupos, mesmo com a variante B.1.1.7.
Nas pessoas com idade entre 1 e 34 anos, o pequeno número de mortes ocorridas não permitiu uma análise robusta do impacto da variante.
O estudo vai ao encontro de uma pesquisa publicada na semana passada no British Medical Journal, que apontou 64% a mais no risco de morte do paciente infectado com essa variante.
Outras pesquisas já mostraram que a B.1.1.7 também é mais transmissível. Ela já circula de forma comunitária no Brasil e em Goiás.