O presidente do PSB em Goiás, Vanderlan Cardoso, admite que as declarações da ex-senadora Marina Silva a respeito do aliado dele, Ronaldo Caiado (DEM) provocaram um grande constrangimento e ameaçam a união que vinha sido desenhada no Estado desde o fim da eleição de 2010. Marina não conseguiu viabilizar o seu partido Rede Sustentabilidade e se filiou à sigla, presidida pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Marina chegou a nova sigla já vociferando contra Caiado, que bem antes já articulava aliança. “Para nós do PSB foi uma surpresa a vinda da Marina, como foi a maior surpresa as declarações dela com relação ao Caiado que foi companheiro e parceiro de primeira hora desse projeto”, disse Vanderlan, ao Papo Político, da CBN Goiânia.
As declarações da ex-verde provocaram revolta entre o setor ruralista e levaram Caiado a indicar que não deve se manter na terceira via. Vanderlan e Jorcelino Braga – articuladores do grupo – tiveram que ir a Brasília para tentar demovê-lo. “Eu espero que ele reveja a sua posição e continue conosco. Eu o tenho como um grande amigo e companheiro, que tem colaborado e defendendo o projeto da terceira via em Goiás”, pediu o presidente do PSB goiano. “Varamos a madrugada para tentar contornar essa situação que ficou ruim e constrangedora”, relatou.
No entanto, Vanderlan insiste que, mesmo sem o indicativo da presença de Caiado, o projeto do grupo está mantido. “A terceira via vai ter candidato no estado de Goiás e isso está definido. Nós vamos buscar mais partidos. Uma guerra tem dificuldades e não vamos desistir na primeira. Nós somos de ficar recuando nas primeiras dificuldades que surgem”.
Questionado a respeito da perda do tempo de televisão que a saída de Caiado representaria, ele decretou. “Se não der pra mostrar na televisão, vamos em um auto-falante”.