O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, teve a liberdade provisória concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na sexta-feira (9), o ministro converteu a prisão do chefe da sigla em preventiva. Agora, Valdemar deixará a sede da Polícia Federal, devendo cumprir uma série de medidas cautelares sob a pena de voltar para a prisão.
A liberação se deu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitir parecer pela soltura, ressaltando a idade de Valdemar Costa, que tem 74 anos, e a ausência de grave ameaça ou violência para conceder a liberdade. Vale ressaltar que o STF aguardava manifestação da PGR ao converter a prisão.
Já os outros colaboradores de Bolsonaro tiveram a prisão mantida, sendo eles: o ex-assessor especial do ex-presidente, Filipe Martins Garcia, o coronel do Exército, Marcelo Costa Câmara e o major Rafael Martins de Oliveira.
Prisão
Valdemar Costa é alvo da Operação Tempus Veritatis, sendo preso em flagrante na manhã de quinta-feira (8). O STF estava aguardando a manifestação da PGR após a defesa do presidente do PL apresentar pedido de liberdade. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Federal, em que os agentes encontraram um revólver com o registro vencido e uma pepita de ouro de 30 gramas sem origem declarada.
O revólver, além de estar com documentação vencida, estava em nome de Valdemar Costa, e a pepita passou por perícia preliminar, definido que tem 92% de pureza.
Investigações
A Polícia Federal informou que Valdemar Costa é investigado por participação de investida golpista para manter o ex-presidente Bolsonaro no poder nas eleições de 2022, além de ser apontado como um dos principais entusiastas de questionamentos feitos ao sistema eleitoral. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou também que há indícios da participação do presidente do PL no “sistema delituoso”.
De acordo com o ministro do STF Alexandre de Moraes, Valdemar Costa é visto pela Polícia Federal como o “principal fiador” dos questionamentos sobre as urnas eletrônicas, determinando que o presidente do PL mantenha contato com Bolsonaro, conforme informado pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
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