Em breve o Brasil poderá estar produzindo vacina contra a dengue para distribuição no país. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) formalizou um pedido ao Ministério da Saúde (MS) para desenvolver a vacina em território nacional.
Caso a proposta seja aceita pelo MS, a produção da Qdenga, que é fabricada pela empresa farmacêutica Takeda, no Japão, será produzida no país por meio de um acordo de transferência de tecnologia. A modalidade de produção é chamada de PDP, Parceria para o Desenvolvimento Produtivo.
Em nota à Agência Brasil, a Fiocruz afirmou que maiores detalhes sobre o processo serão repassados apenas “após a avaliação da proposta encaminhada”. Além da Qdenga, também está em desenvolvimento uma vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan. A previsão é que, ainda este ano, o pedido de registro seja submetido à Anvisa.
Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas quatro milhões de doses da vacina Qdenga em 2024 e, para 2025, há contrato para distribuição de nove milhões de doses com a Takeda. A vacina contra a dengue teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
O processo permite a comercialização da vacina no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do ano passado, o ministério anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS), aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão de dengue.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue. O imunizante deve ser administrado em esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas – esquema vacinal atualmente adotado no Brasil.