19 de novembro de 2024
Cidades

UTIs para Covid-19 se esgotam em três hospitais estaduais

Leito de UTI para paciente com covid-19. (Foto: Enio Medeiros)
Leito de UTI para paciente com covid-19. (Foto: Enio Medeiros)

Não há vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para Covid-19 em três hospitais geridos pelo governo estadual na manhã deste domingo (5). Segundo o portal da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), o Hutrin, em Trindade, o Hospital Regional de Luziânia e o HCamp de Águas Lindas de Goiás têm todos os leitos críticos ocupados.

Conforme os números, há 85,5% de ocupação de 135 leitos exclusivos para tratamento da doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2. Nesta manhã, apenas 19 estavam disponíveis, sendo sete no Nasr Faiad, em Catalão, seis no Hugol, quatro no HCamp de Goiânia e dois no Hospital de Urgências de Anápolis.

Nos leitos de enfermaria, há 61,64% de ocupação, com 84 disponíveis. A grande maioria dos leitos clínicos disponíveis está no HCamp Goiânia (29) e no Huana (27). Em Águas Lindas, só restam 13 camas de enfermaria, enquanto há nove no Hugol. Em Luziânia, apenas três estão desocupados.

No portal não estão disponíveis os dados do HCamp e Porangatu, do Hospital das Clínicas Dr. Serafim de Carvalho, em Jataí, e do recém-inaugurado Hospital São Marcos, em Itumbiara.

Internações aumentam nas redes municipais

O número de internações também aumentou bastante na rede municipal de Aparecida de Goiânia. Conforme o boletim mais recente, divulgado neste sábado (4), 61% dos leitos de UTI para Covid-19 já estão ocupados. O crescimento fez a cidade passar do cenário verde para o laranja, avançando dois níveis na matriz de risco e impondo mais restrições, em apenas três semanas.

Em Anápolis, as hospitalizações também fizeram a prefeitura alterar o cenário de risco de leve para moderado. Dos atuais 33 leitos de UTI para Covid-19 do município, 10 estavam ocupados na manhã deste domingo (5), o que representa 30% do total. O prefeito Roberto Naves promete ampliar a disponibilidade de leitos para 61 até meados de julho, para absorver uma eventual crescente na demanda.

Rede privada

A subida exponencial da curva de casos de infecção pelo coronavírus também está pressionando a rede privada goiana. Segundo o boletim deste sábado da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), 83,9% das UTIs das 22 instituições filiadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Catalão, estavam ocupadas.

O cenário é mais dramático na capital. Das 96 UTIs preparadas para atender pacientes com Covid-19, há 91% de ocupação, com 88 já preenchidos. Todos os 107 apartamentos reservados também estavam cheios. No interior, ainda há 13 dos 35 leitos disponíveis (62,8% de ocupação) e 19 dos 37 aparamentos (48,6%).

Em contrapartida, a assessoria da Unimed Goiânia, que tem 340 mil clientes, informou ao Diário de Goiás que, nesta manhã de domingo, são 44 pacientes de Covid-19 internados numa rede de 34 hospitais. O plano de saúde tem, para o atendimento geral, próximo de 500 leitos contratados que podem ser utilizados pelos seus clientes.

Na rede credenciada do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), a ocupação é de 68% na manhã deste domingo. Dos 186 leitos de UTI para casos de Covid-19 e outras urgências e emergências, há 60 disponíveis. Conforme o Ipasgo, são 37 hospitais credenciados aptos a atender pacientes com a doença, sendo o maior deles o Garavelo, com 80 leitos exclusivos.

A assessoria do plano de assistência ressaltou que os dados podem ser alterados a qualquer momento. “Os leitos disponíveis ao Ipasgo na rede hospitalar credenciada não são exclusivos e atendem também aos outros planos de saúde, convênios com prefeituras e pacientes particulares. Por isso, a demanda de ocupação oscila rapidamente ao longo de um dia”, explicou.

Apelo

A pressão sobre o sistema de saúde levou autoridades a fazerem apelos à sociedade. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), usou as redes sociais neste sábado se dirigindo às mulheres. Ele pediu para que as mulheres não sejam “vítimas da ganância de empresários” e que ajudem a “colocar juízo” na cabeça dos demais integrantes do lar.

Na sexta-feira (3), foi o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, que pediu empatia à população da capital. “Todos hoje estamos preocupados com nossos familiares e pessoas queridas, e muitos vivem um dilema duro entre querer se proteger, de um lado, e, de outro, precisar trabalhar para dar sustento à sua família. Esses desafios, mais do que nunca, exigem espírito de união, pensar no próximo e que cada um faça a sua parte”, destacou.

Confira os hospitais da rede Ahpaceg

  • Hospital Amparo
  • Hospital Clínica do Esporte
  • Hospital do Coração de Goiás
  • Hospital do Coração Anis Rassi
  • Hospital da Criança
  • Hospital de Acidentados
  • Hospital Infantil de Campinas
  • Hospital Ortopédico de Goiânia
  • Hospital Premium
  • Hospital do Rim
  • Hospital Samaritano de Goiânia
  • Hospital Santa Bárbara
  • Hospital Santa Helena
  • Hospital São Francisco de Assis
  • Instituto de Neurologia de Goiânia
  • Instituto Ortopédico de Goiânia
  • Hemolabor
  • Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
  • Hospital Nasr Faiad (Catalão)
  • Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
  • Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)
  • Hospital São Nicolau (Catalão)

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