Apesar de parecer menos agressivo do que o cigarro à primeira vista, o uso de narguilés pode acarretar problemas graves. De acordo com o Ministério da Saúde, o fumo do narguilé pode provocar câncer de pulmão, boca e bexiga, estreitamento das artérias e doenças respiratórias.
Uma hora de uso do narguilé equivale a tragar cem cigarros, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). O equipamento chega a durar em média de 20 a 80 minutos e é utilizado sobretudo por jovens entre 18 e 29 anos, que correspondem a 63%. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que, em 2015, 212 mil brasileiros usavam o narguilé.
Uma das explicações levantadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para essa popularização é que o cachimbo é compartilhado entre várias pessoas, por isso o consumo acontece principalmente em ocasiões de convívio social.
Essa prática também representa um risco de infecções aos usuários, já que todos usam o mesmo bucal, como herpes, hepatite C e tuberculose.
Como é derivado do tabaco, contém nicotina e 4.700 substâncias tóxicas também encontradas no cigarro convencional. Depois de uma sessão de 45 minutos de narguilé, a concentração de nicotina, monóxido de carbono e os batimentos cardíacos aumentam, assim como há a maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e difíceis de serem eliminados, como o cádmio.
Esses fatores podem provocar a intoxicação dos fumantes e reduz a oxigenação do cérebro. Desse modo, a coordenação motora dos usuários fica comprometida, além de provocar tonturas, fadiga e sonolência, e eleva o risco de acidentes de trânsito, por exemplo.
No narguilé, o tabaco, ao qual são acrescentados aromatizantes, é aquecido, e a fumaça passa por um filtro de água antes de ser aspirada por uma mangueira. Mas isso não reduz os efeitos nocivos do objeto, uma vez que apenas 5% da nicotina é absorvida pela água nesse processo.
Assim, o uso pode levar ao aparecimento de doenças cardíacas e respiratórias, além de também desencadear a dependência.
O câncer de pulmão é o mais letal no País, também associado ao uso de narguilés. Em 2015, foram registrados mais de 27 mil novos casos da doença.
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