25 de novembro de 2024
Incêndios em Goiás

Usinas afirmam não ter responsabilidade sobre queimadas e denunciam atos criminosos

Presidente de sindicato pontua as consequências causadas ao setor em função das queimadas e alerta a população para a prevenção de novos focos de incêndio
André Rocha, presidente da Sifaeg. Foto: Reprodução
André Rocha, presidente da Sifaeg. Foto: Reprodução

O Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg) divulgou, nesta segunda-feira (26), nota a respeito dos incêndios ocorridos em canaviais do território goiano. A entidade afirma que as queimadas não têm ligação com as usinas e reitera as práticas que devem ser evitadas pela população durante o período, além da importância da denúncia de atos criminosos.

De acordo com o presidente do sindicato e da FIEG, André Rocha, o setor de bioenergia, bem como produtores rurais e toda a sociedade goiana e brasileira tem sofrido com os incêndios ocorridos durante o atual período de seca. “Esse fogo, algumas vezes acidentais e muitas vezes criminosas, traz consequências muito graves, seja para o meio ambiente, para a saúde pública, além de danos materiais e, infelizmente, perdas de vidas humanas”, pontuou.

“Nós precisamos, arduamente, punir esses criminosos que têm feito essas práticas e causado tantos prejuízos. De um simples fechamento de aeroportos à fumaça, que causa problemas respiratórias horríveis. Mas, infelizmente, perdas materiais e como eu disse, humanas”, salientou Rocha.

O presidente da Sifaeg afirmou que irá se reunir, nesta terça-feira (27), com o Governo do Estado de Goiás, para tratar da crise. Além de destacar as ações preventivas realizadas com o intuito de coibir um pouco das práticas criminosas, reforçou a importância de contribuição da população para evitar novos incêndios. “Pedimos a compreensão e o apoio da sociedade, para que possamos evitar jogar pitucas de cigarro, deixar produtos que podem se tornar combustíveis. Infelizmente, o dia quente contribui para a propagação desses incêndios”, disse.

Em nota, o sindicato relatou que “o setor de bioenergia em Goiás vem enfrentando consequências extremamente negativas advindas dos incêndios” e que “o fogo, seja de origem criminosa ou acidental, coloca vidas em risco, mata a fauna e a flora e traz prejuízos não só financeiros, mas de toda a natureza para as usinas produtoras e etanol, açúcar e bioeletricidade e para toda a sociedade”.

A nota frisa que “a Sifaeg e o Sifaçúcar estão realizando um levantamento para apurar as perdas geradas pelos incêndios registrados nos últimos dias e durante toda a safra que está em andamento”. Além disso, esclarece que suas associadas “investem maciçamente na prevenção, com realização de campanhas educativas, ações realizadas com colaboradores, parceiros e comunidade”.

Destaca, ainda, que “a tecnologia é amplamente aplicada, com equipamentos de detecção de incêndio, via sistema de monitoramento por satélite e utilização de câmeras de alta definição, instaladas em torres de observação em pontos estratégicos para detecção rápida de incêndios”. Tudo isso monitorado 24 horas e de forma online por Centrais de Incêndios Agrícola.

A nota ressalta que as 37 usinas que estão em safra este ano possuem cerca de 3.800 colaboradores atuando em suas brigadas, contando com mais de 600 caminhões pipa, cerca de 200 veículos de apoio, além de aviões e drones. Segundo o sindicato, há ainda uma parceria com o Corpo de Bombeiros, prefeituras municipais e órgãos ambientais do Governo de Goiás em ações de prevenção e combate ao fogo.


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