Segundo os investigadores da fuga de dois criminosos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), o último sinal obtido do celular dos fugitivos ocorreu no último sábado (17), na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará. A suspeita levantada pela polícia é de que os aparelhos tenham ficado sem bateria.
Os celulares em questão teriam sido roubados de moradores de uma casa invadida pelos detentos na última sexta-feira (16). A casa invadida pelos foragidos fica a cerca de 3 quilômetros do presídio, na comunidade de Riacho Grande, ao final de uma rua voltada para uma região de mata de onde teriam saído após a fuga.
De acordo com as informações repassadas pela vítima às autoridades, os fugitivos só deixaram o imóvel pouco antes de 1h da madrugada do sábado (17). Relatório dos investigadores indica que os dois estavam de boné, um de calça azul claro com número (característica do presídio) e tênis azul com passador, um de camisa escura e o outro de camisa clara.
Sem prazo de captura
Durante entrevista coletiva realizada neste domingo (18), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, evitou dar prazo para a captura dos dois presos. “O terreno é difícil, as condições são desfavoráveis, teve uma enxurrada torrencial, que apagou rastros, portanto a questão de prazo e dias é algo que não podemos precisar”, informou o ministro.
No pronunciamento, o ministro admitiu ter havido falhas, mas garantiu que todas foram corrigidas e reforçou a promessa da construção de uma muralha em Mossoró, similar à já existente na penitenciária federal da Papuda, no Distrito Federal. Ele disse que todas as unidades federais receberão o equipamento.
Quem são os fugitivos
Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson “Tatu” Cabral Nascimento, de 33, fugiram do presídio na quarta-feira (14). De acordo com a CNN Brasil, os fugitivos são ligados ao Comando Vermelho, a maior facção do Rio de Janeiro.
Há cerca de três semanas, a Polícia Federal realizou transferências de chefes de facções entre os presídios de segurança máxima, entre eles, Fernandinho Beira-Mar, que foi transferido do presídio de Campo Grande (MS) para Mossoró (RN).
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