16 de dezembro de 2024
Governo de SP

Último debate ao governo de SP é marcado por troca de farpas entre Tarcísio e Haddad

Temas como crise do oxigênio em Manaus, salário mínimo, agronegócio, pandemia e pessoas em situação de rua, foram os destaques da noite
Debate ao governo de São Paulo. (Foto: Rede Globo)
Debate ao governo de São Paulo. (Foto: Rede Globo)

O último debate ao governo de São Paulo (SP) antes do segundo turno das eleições promovido pela Rede Globo na noite desta quinta-feira (27), foi marcado por troca de farpas e várias interrupções entre os candidatos Tarcísio Gomes de Freitas (PL) e Fernando Haddad (PT).

Temas como crise do oxigênio em Manaus, salário mínimo, agronegócio, pandemia e pessoas em situação de rua, foram os destaques da noite. Além disso entre os assuntos, Tarcísio, do mesmo partido de Jair Bolsonaro (PL) fez vários acenos ao governo federal e à reeleição do presidente. Já o petista Haddad, fez várias críticas ao atual mandatário e adversário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Haddad criticou a atuação do governo federal durante a pandemia da Covid-19, apontando erros do ex-ministro da Infraestrutura no envio de oxigênio para Manaus, em janeiro de 2021.

”O governo Bolsonaro atrasou a remessa para Manaus, um absurdo que aconteceu. As imagens de gente sufocada. Isso é mentira? O atraso nos e-mails da Pfizer, também é mentira? As pessoas estavam sufocando em Manaus. Bolsonaro tomou muitas decisões equivocadas na pandemia, ele prejudicou esse país, a moral e imagem do país”, disse. De acordo com o candidato, se eleito governo de São Paulo, situação como essa jamais será permitida.  

O petista continuou tecendo críticas ao governo federal por ter debochado do Instituto Butantan. Sobre a inflação, Haddad disse que o governo não deu R$ 1 de aumento real do salário mínimo. “A inflação comendo solta. Ninguém consegue fazer mercado nesse país e você vem dizer ao cidadão que é mentira a falta de reajuste? Em que planeta você vive, Tarcísio?”, Indaga.

O ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, esclareceu supostas informações falsas que, segundo ele, estão sendo divulgadas por aliados do petista. “Julgo necessário restabelecer a verdade. Esta é minha primeira campanha e estou sendo bombardeado por fake news”, afirmou o candidato.

Tarcísio afirmou ainda que se o presidente se reeleger, ele vai aumentar o salário mínimo, aposentadorias, pensões e funcionários públicos. Focado mais na campanha presidencial, o ex-ministro disse que o auxílio emergencial de R$ 600 está garantido no próximo ano. “São tantas fake news. Disseram que o goleiro Bruno, condenado por assassinato, ia ser meu secretário. Começa a ser um deboche com o eleitor”, concluiu o republicano.

Críticas

Tarcísio de Freitas aproveitou suas falas para criticar a candidatura de Lula à Presidência. Segundo ele a legenda não se reinventou e, por isso, Luiz Inácio não deveria voltar. “Um partido que está preso há 40 anos na mesma pessoa”, destaca.

Apesar de ter o apoio do ex-presidente Lula, Fernando Haddad não fez grandes menções a ele durante o debate. Atitude vista como uma estratégia para alcançar eleitores indecisos de SP e contrários ao ex-presidente. 


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