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| Em 3 anos atrás

TSE decide cassar mandato de Vinícius Cirqueira; defesa do parlamentar irá recorrer da decisão

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Em decisão de julgamento virtual que começou na última sexta-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela cassação do mandato do deputado estadual por Goiás Vinícius Cirqueira (Pros). A decisão final saiu na noite desta quinta-feira (19). 

O político foi julgado por “gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral de 2018”, segundo a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE). O relator do processo, no TSE, foi o ministro Alexandre de Moraes, que negou o pedido de postergar o julgamento a pedido da defesa de Cirqueira.

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“Quanto ao Agravo Regimental do parlamentar, conheço do recurso interposto, uma vez que se encontram presentes todos os requisitos de admissibilidade recursal”, diz trecho da decisão.

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O entendimento dos ministros do TSE foi ao encontro da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que votou pela cassação do parlamentar em janeiro de 2020.

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Segundo a denúncia, na campanha de 2018, Vinícius Cirqueira teria gasto R$ 164,2 mil de verba do partido para pagamentos a cabos eleitorais e compra de combustível, contudo, ainda segundo a denúncia, o político não teria apresentado as notas que comprovam os gastos, razão pela qual o tribunal entendeu ferimento à lei 9.504/97.

“A jurisprudência desta corte superior sinaliza que “o art. 30-A da Lei nº 9.504/97 visa a coibir práticas ilícitas relativas ao uso de recursos financeiros em campanhas eleitorais, que possam acarretar o comprometimento da lisura do pleito e o desequilíbrio entre os candidatos na disputa, maculadas pela má-fé e cuja relevância jurídica seja compatível com a reprimenda de cassação do diploma”, diz trecho da decisão do TSE.

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Na mesma decisão, o relator Alexandre descartou um recurso para recálculo dos votos, o que poderia ensejar na diplomação à candidata do PSL Keithe Amorim de Souza. Desta forma, a vaga aberta de Vinícius Cirqueira deve ser ocupada pelo suplente do Pros Sérgio Bravo.

“Nesse contexto, inexiste determinação de anulação dos votos que autorize o recálculo do quociente partidário, afastando-se o interesse jurídico dos peticionantes”, diz.

A reportagem do Diário de Goiás ouviu Sérgio Bravo ainda durante o julgamento, que preferiu não gravar entrevista, mas havia demonstrado otimismo com o resultado deste processo.

À reportagem do DG, o advogado de Vinícius Cirqueira, Dyogo Crosara, entendeu que o tribunal deixou de analisar partes relevantes do processo e que, por essa razão, irá recorrer da decisão no próprio TSE.

“Entendemos que o julgamento proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral não analisou pontos importantes da defesa, razão pela qual iremos interpor embargos de declaração perante o próprio TSE. Aguardaremos o julgamento de tal recurso, e esperamos que a decisão seja revertida”, disse o advogado do deputado.

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