Uma reunião na quarta-feira (26), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) vai mediar a negociação entre os motoristas de ônibus e as empresas de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia para evitar uma greve. O desembargador do Trabalho, Eugênio José Cesário Rosa, vice-presidente e corregedor do TRT, convocou a primeira mediação em caráter de urgência nesta terça (25). A greve foi anunciada pela categoria para sexta-feira (28).

“Designo a primeira reunião de mediação, que se realizará no dia 26.06.2024, às 09 horas, presencialmente, na sala do Centro de Negociação Coletiva, com tolerância máxima de 15 minutos”, determinou o desembargador. Na condição de vice-presidente ele é o relator do processo instaurado no TRT a pedido do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo).

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Como mostrou o Diário de Goiás na segunda-feira (24), o Sindicoletivo anunciou a paralisação total devido a reivindicações salariais e de condições de trabalho. Em seguida o sindicato protocolou uma reclamação pré-processual no TRT que culminou nesta primeira mediação.

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Negociações não avançam entre as partes

O Sindicoletivo justificou junto ao Tribunal que, mesmo havendo mediação da Procuradora Regional do Trabalho durante uma reunião realizada no dia 19, não houve avanços significativos por parte das envolvidas: Sindicoletivo, pelos trabalhadores; e Sindicato  das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET), Metrobus Transporte Coletivo, Rápido Araguaia, HP Transportes Coletivos, Viação Reunidas e Cooperativa de Transporte do Estado de Goiás (Cootego), pelos patrões.

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O sindicato alega que desde dezembro de 2023 busca a celebração da Convenção Coletiva do Trabalho de 2024/2025 da categoria em diversas reuniões diretas, sem êxito sobre suas demandas.

Conforme a representação do sindicato, o indicativo de greve segue a regulamentação de anúncio feito com prazo de 72 horas anteriores à paralisação.

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Ao DG, o diretor do Sindicoletivo, Sérgio Reis, antecipou na segunda que havia a possibilidade que as demandas sejam negociadas antes do prazo estipulado para início da greve dos motoristas. “Ainda teremos mediação no TRT”, disse. Seja na quarta ou depois, entretanto, ele afiança que se a negociação não acontecer, “a greve será deflagrada no dia 28 de junho, a partir das 00hs”.

Para viabilizar a mediação o Sindicoletivo apresentou junto ao TRT a documentação necessária para um caso de reclamação pré-processual. “Atendidos aos pressupostos básicos, convoco as partes a cooperarem no sentido de atingir uma solução autocompositiva para o conflito estabelecido, e recomendo que tomem ciência do teor da Reclamação Pré-Processual da Vice-Presidência, instrumentalizado no âmbito deste Tribunal Regional do Trabalho por meio da Resolução Administrativa nº 24/2020, além da Resolução CSJT nº 377/2024”, recomendou o desembargador

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