22 de novembro de 2024
Após denúncia

TRT condena deputado Gustavo Gayer por assédio eleitoral em 2022; entenda

De acordo com a ação, o parlamentar teria visitado empresas goiana sem 2022, com o intuito de pedir votos para o ex-presidente Jair Bolsonaro
Gustavo Gayer, que nega o caso, terá que pagar R$ 80 mil. (Foto: reprodução/Redes Sociais)
Gustavo Gayer, que nega o caso, terá que pagar R$ 80 mil. (Foto: reprodução/Redes Sociais)

O deputado federal Gustavo Gayer (PL) foi condenado a pagar R$ 80 mil por ter assédio eleitoral em âmbito trabalhista. A condenação pela 7ª Vara do Trabalho de Goiânia, do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18), diz que parlamentar cometeu o delito durante as Eleições 2022. Ele nega.

De acordo com a ação, Gustavo Gayer teria visitado empresas goiana sem 2022, com o intuito de pedir votos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), então candidato à reeleição na época. “Gustavo Gayer reuniu-se com vários empresários goianos e agora está indo às empresas assediar os trabalhadores”, teria denunciado uma pessoa ao Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 13 de outubro de 2022.

“A conduta do deputado eleito, em ir até aos ambientes de trabalho das empresas para admoestar os trabalhadores e induzi-los (aliciá-los) a votar em determinado candidato configura assédio moral eleitoral, já que não é permitida propaganda política nesses âmbitos”, disse, por sua vez, o MPT.

O órgão também criticou o fato de Gayer não ter comparecido à audiência convocada para tratar do assunto. “O referido deputado eleito prefere agir na surdina, formulando desculpas inverídicas ao Parquet, sabidamente porque reconhece a ilegalidade da sua conduta, mas não pretende modificá-la”, consta no texto.

Por isso, para o MPT, o que Gustavo Gayer fez configura assédio moral eleitoral e chegou a pedir a condenação com uma indenização de R$ 800 mil, mas o juiz definiu o valor de R$ 80 mil.

Além de negar o delito, a defesa de Gayer cita que uma padaria que ele compareceu, foi por convite do proprietário “não com o intuito de assediar os trabalhadores da sobredita sociedade empresária a votarem em seu candidato à Presidência da República, mas tão somente para debaterem a atual conjuntura política do país, em especial nos dias que antecederam a realização do segundo turno das eleições presidenciais”.

GUstavo Gayer afirmou, ainda, que não pediu voto a Bolsonaro, mas chegou a chamar uma procuradora do trabalho de “petista histérica”, afirmando que ela aceitou uma denúncia anônima que não tinha fundamento.

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