O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) teve o seu pedido de arma negado pela Justiça Federal do DF. A solicitação foi feita após o deputado alegar riscos à sua vida e de sua família. A tensão se iniciou em meio a conflitos com professores em Goiás que o acusam de promover perseguição à categoria desde o início de seu mandato.
Em maio, maio, vários professores passaram a se organizar para protestar contra as ações do deputado montando no Whatsapp o “Grupo contra a censura”. Segundo o site Congresso em Foco, o link de acesso ao grupo chegou aos apoiadores do parlamentar, que o defenderam e trocaram ofensas com os professores. O administrador, o suplente de deputado estadual pelo PT, Fabrício Rosa, anunciou que criaria um segundo grupo fechado e alegou que os protestos seriam “contra o Gustavo Gayer e todos os filhotes dele”.
Além da denúncia formal, Gayer veio em suas redes sociais se pronunciar e prosseguiu com a narrativa que proferiu em seus discursos. Na CPI do MST, ele acusou Rosa de “organizar um grupo para bater nos meus filhos, acabar com os meus filhos”.
Gayer apresentou capturas de tela na tentativa de provar que seu veículo foi depredado e registrou boletim de ocorrência contra um suplente de deputado. Neste momento ele teria solicitado o porte de armas para a sua proteção. Porém, o pedido foi negado pelo delegado responsável, alegando falta de provas suficientes. “não existem informações sobre ameaças ou concretas situações de risco à integridade física do impetrante”, alegou a Justiça.
Diante da recusa, o Ministério Público avaliou o pedido em novembro após intimação da autoridade judicial, porém foi novamente negado. O órgão destacou que Gayer é atirador desportivo e já possui uma pistola, garantindo sua segurança residencial.
Intimação da PGR
Segundo o site Congresso em Foco, o parlamentar também foi intimado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a responder sobre as declarações que fez na CPI, acusando Rosa de atentar contra a segurança de seus filhos. Conforme a intimação, o parlamentar pode responder por crimes contra a honra caso a resposta não justifique suas acusações.
Intimado pela Polícia Civil, Fabrício Rosa explicou que ao usar o termo “filhotes dele” e “filhotes de fascistas”, se referia aos seguidores fieis de Gayer, e que não conhece os filhos do parlamentar. Sobre o grupo ser “contra o Gustavo Gayer”, segundo Rosa se tratava apenas de oposição ao mandato . O Ministério Público de Goiás, acatou a versão de Fabrício.
“Havendo dubiedade e ambiguidade nas declarações, como ocorre no caso sob análise, cabível a interpelação judicial”, apontou a Vice-Procuradora-Geral da República, Ana Borges Coêlho Santos. O Diário de Goiás em contato com o gabinete do deputado solicitando um pronunciamento e até o momento não obteve retorno.
Leia mais sobre: Fabrício Rosa / Goiás / Gustavo Gayer / PGR / Porte de Armas / Política