12 de setembro de 2024
Cidades • atualizado em 06/10/2020 às 22:17

Tribunal de Justiça determina arquivamento de denúncia contra Padre Robson

TJGO determinou nova suspensão. (Foto: Arquidiocese)
TJGO determinou nova suspensão. (Foto: Arquidiocese)

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou, na tarde desta terça-feira (6), o arquivamento da investigação contra o Padre Robson de Oliveira.

O religioso era investigado pelo Ministério Público (MP-GO) no âmbito da Operação Vendilhões, que apurava irregularidades nas Associações Filhos do Pai Eterno (Afipes), que tinham Padre Robson como presidente.

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A decisão foi do desembargador Nicomedes Domingos Borges. Ela foi acompanhada quase por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal. A sessão teve participação do Procurador de Justiça Abrão Amisy Neto, que votou contra.

O Ministério Público de Goiás informou que vai esperar notificação para só depois de manifestar a respeito da decisão.

Por meio de nota a Afipe destacou que a auditoria contratada para apurar os investimentos da entidade continuará e em nada muda os planos da associação em promover uma reforma administrativa e a implantação de uma nova forma de governança.

Posicionamento da Afipe

A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), continuará o trabalho de auditoria, reforma administrativa, implantação de governança e demais ações que estão em andamento na associação. Tais medidas são fundamentais para o renascer da Nova Afipe e para que a entidade possa continuar cumprindo com sua principal missão que é evangelizar e manter suas ações sociais, a obra da nova Basílica em Trindade e a TV Pai Eterno. Sendo, o mais importante, a confiança do devoto do Pai Eterno nas ações da entidade e na transparência que a atual gestão defende e trabalha.  

Operação e afastamento

A Operação Vendilhões foi deflagrada em agosto, mas a investigação já vinha desde o caso de extorsão do Padre Robson. A Justiça chegou a negar um pedido de prisão do religioso quando o MP-GO cumpriu mandados de busca e apreensão. As suspeitas eram de desvio de finalidade, fraudes, entre outras.

A defesa do padre, representada por Pedro Paulo de Medeiros, divulgou nota em que afirma que o tribunal reconheceu que Robson não praticou atos ilícitos. O advogado ressalta ainda que “ele sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) ou em qualquer outro âmbito de evangelização”.

Durante a investigação, o padre se afastou da reitoria da Basílica de Trindade e também da Afipe. Em nota, a associação informou que manterá o trabalho de auditoria e reforma administrativa. A possibilidade de retorno de Robson ao cargo não foi mencionada.

A defesa do religioso afirmou que seu retorno depende de decisões internas da Afipe e da Arquidiocese de Goiânia.


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