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Categorias: Política
| Em 12 anos atrás

Tribuna do Planalto: José Eliton age como alternativa ao governo

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Plano “B” para disputa do governo pela base aliada, Jose Eliton corre para se tornar cada vez mais conhecido.

O mês de junho chegou e com ele a mudança de partido do atual vice-governador, Jose Eliton Junior. O advogado deixa o Democratas e vai para o PP. A principio a intenção é manter o espaço na chapa majoritária e levar o PP a indicar o vice na chapa do governador Marconi Perillo.

A Reportergem do  reporter Daniel Gondim no Jornal Tribuna  do Planalto destaca que existe uma corrente de políticos da base aliada afirmando que o vice-governador pode  ser a opção  caso Marconi Perillo não seja candidato em  2014. A hipótese é considerada remota, mas os números da avaliação do governo ate o momento deixam duvidas e nessa duvida nasce o plano “B”.

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Jose Eliton já assumiu o governo em sete oportunidades todas as vezes faz viagens pelo interior para se tornar cada vez mais conhecido.  Na ultima vez que assumiu ficou duas semanas e visitou muitas cidades, ele esta correndo para conseguir mostrar que “ tem voto”.

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Reportagem completa.

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José Eliton age como alternativa ao governo

Vice-governador cria agenda positiva e tem respaldo para ser candidato caso Marconi Perillo desista de concorrer à reeleição

Daniel Gondim – Repórter de Política

Quando o assunto é o nome do candidato da base aliada para o governo em 2014, lideranças do grupo são unânimes – o nome é o do governador Marconi Perillo (PSDB), que pode tentar mais quatro anos de mandato no ano que vem. Nos bastidores, porém, essas mesmas lideranças mostram receio em apostar na ‘coluna um’. O motivo principal é o desgaste que Perillo sofreu, principalmente, nos dois primeiros anos de governo. Segundo aliados, este desgaste ainda permanece nas pesquisas realizadas para consumo interno, colocando uma interrogação no destino da base aliada para 2014. Se Marconi não tiver condição de concorrer, quem será o seu substituto?


O vice-governador José Eliton (futuro pepista) caminha a passos largos para se consolidar como este nome. Depois de provocar sua saída do DEM por defender uma proximidade do partido com a administração marconista, Eliton já tem data para se juntar ao PP e, nas últimas duas semanas, assumiu o governo de forma interina, aproveitando o período para percorrer o Estado em busca de visibilidade. Além disso, uma aproximação com grupos influentes dentro do governo reforça seu prestígio e aponta, cada vez mais, para uma conclusão – José Eliton está sendo preparado para ser a alternativa, caso Marconi não consiga se recuperar.


Os sinais dados por Eliton são claros de que o vice se prepara para alcançar voos mais altos na política. Aproveitando a viagem de férias de Marconi Perillo para a Suíça, Eliton assumiu o governo pela sétima vez e, como nas outras oportunidades, tocou uma agenda administrativa pesada, percorrendo todas as regiões do Estado em pouco tempo. Só de sexta, 24, até quarta, 29, o futuro pepista visitou 12 municípios em eventos que incluíam vistoria de obras a entrega de kits escolares para estudantes da rede pública. 


As viagens têm como objetivo acabar com a principal crítica sofrida por Eliton, que é a de “não ter votos”. A eleição para o governo em 2010 foi a primeira na curta trajetória política do vice-governador. Na época, Eliton foi colocado como candidato à vice na chapa de Marconi por Ronaldo Caiado. Três anos mais tarde, já rompido com o democrata, o vice-governador aproveitou as viagens de Marconi Perillo para assumir o governo, visitar cidades do interior e criar capilaridade eleitoral. Em 2012, por exemplo, ele aproveitou o período de eleições municipais e percorreu mais de 60 municípios goianos.


Na outra ponta, Eliton também já garantiu apoio partidário para sua causa, já que a filiação dele ao PP mostra que os pepistas estão afinados na intenção de, no mínimo, mantê-lo na chapa majoritária em 2014. Ele recebeu e aceitou o convite logo após sua saída do DEM, mas só anunciou oficialmente a sua filiação na segunda, 27, em reunião que contou com os 19 prefeitos em Goiás, além de vereadores e das principais lideranças da sigla, como os deputados federais Roberto Balestra e Sandes Júnior. 


“Vamos buscar construir juntos esse momento da história de Goiás. Eu fico muito honrado e orgulhoso em receber esse convite para representar o partido nesse projeto majoritário em 2014”, disse Eliton em seu discurso. Curiosamente, o vice-governador não citou o cargo em que o partido gostaria de estar, o que deixa margem para especulações.


O próprio presidente do PP, Roberto Balestra, também despista sobre qual cargo da chapa majoritária o partido irá buscar. “A candidatura só vira no momento oportuno. Ele é vice-governador, está num partido forte. Não há como antecipar isso”, garante, deixando aberta a possibilidade de que, mais uma vez, o PP pode ‘pegar carona’ na base de Marconi para tentar eleger um governador.

Desgastes
O fortalecimento do nome do futuro pepista passa pela crescente consciência de que os desgastes políticos e administrativos podem prejudicar uma reeleição de Marconi. Por enquanto, Perillo ainda é o candidato da base aliada, mas nem o próprio governador descarta outras possibilidades. “Marconi é o candidato, mas ele é muito calculista. Se ele achar que pode perder, não disputa a eleição”, garante um deputado governista. 


Isso, porém, não é unanimidade dentro da base, com aliados entendendo que há possibilidade do cenário negativo ser revertido. A tarefa, porém, não será fácil. O parlamentar, que pediu para não ser identificado, admite também que o desgaste do governador na região Metropolitana é grande e que não será revertido facilmente. A solução, para ele, é o governo adotar medidas concretas em Goiânia e nas cidades vizinhas. 


“É preciso medidas para atenuar isso e quando eu falo em medidas eu não digo só publicidade. O Hospital da Região Noroeste, por exemplo, tem placa em todo lugar, mas não começa. Teve um problema burocrático, eu entendo, mas já foi superado”, afirma ele, que acredita que, se as obras na Região Metropolita­na avançarem, o governo pode recuperar um pouco da imagem arranhada. 
“Para mim, é irreversível, mas podemos diminuir o prejuízo. Se hoje a diferença é 50% a 20%, por exemplo, podemos diminuir para 40% a 30%, que é exatamente o que precisamos para vencer”, exemplifica. 


Diante desse cenário, a consequência é que já há duas correntes internas dentro da base aliada sobre o destino de Marconi, caso os desgastes não sejam superados e a reeleição fique distante. A primeira defende que o governador não dispute nenhum cargo em 2014, enquanto outra apoia uma candidatura para deputado federal. Nesse cenário, Perillo seria responsável por puxar votos e construir uma bancada forte na Câmara dos Deputados, onde poderia continuar a exercer influência no cenário político.


É justamente no segundo cenário em que José Eliton ficaria fortalecido, já que, para disputar vaga na Câmara, Marconi teria de deixar o governo até março de 2014. Com isso, o vice-governador assumiria o mandato, o que contribuiria para fortalecer ainda mais a imagem de candidato da base aliada. “Ele é a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa”, garante um governista.  


Em 2006, Marconi passou por situação parecida, quando deixou o cargo para o vice, Alcides Rodrigues (PP), que assumiu o governo e saiu vitorioso nas eleições estaduais. A diferença é que, naquela época, o governador tucano estava prestigiado e conseguiu ser uma influência positiva para o pepista. Prova disso é que, na eleição para o Senado, Marconi foi eleito com mais de 75% dos votos válidos no Estado.

Grupos
Outros fatores também pesam a favor de José Eliton em um cenário de candidatura ao Palácio das Esmeraldas. A lealdade demonstrada por ele ao enfrentar o presidente do diretório regional do DEM, o deputado federal Ronaldo Caiado, que luta por candidatura democrata independente do governo estadual, contou pontos importantes dentro da base aliada. 


A posição de enfrentamento de Eliton despertou a atenção de uma ala interna da administração marconista, que passou a enxergar no vice-governador uma possibilidade real para ser o nome da base aliada.


Por causa disso, houve a aproximação dele com o chamado “grupo da Assembleia”, formado pelo presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB), pelo prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), e integrantes dos Tribunais de Contas do Estado (TCE) e do Município (TCM). Nos últimos meses, o grupo sofreu abalos na relação entre os membros, mas sua influência dentro da administração permanece intacta. 


A articulação favorável a José Eliton feita pelo “grupo da Assembleia” deu resultado. De simples indicação do DEM, o vice-governador passou a ser visto como uma “promessa”. Sua atuação como presidente da Celg, cargo para qual foi indicado logo nos primeiros dias da administração marconista, também contribuiu. 


Advogado especializado em direto eleitoral, Eliton tem 40 anos e também teria outras vantagens. “Todos os desgastes do governo não pegariam nele. Ele tem um perfil ‘não-político’, que nesse momento de descrença da população com a classe pode ser determinante”, analisa um aliado.
Com tudo isso, o prestígio do vice-governador começa a atingir outros grupos da administração marconista. O secretário de Gestão e Planejamen­to, Giuseppe Vecci, que controlaria um dos grupos mais próximos, leais e influentes dentro do governo, também já teria sido convencido da viabilidade de Eliton para em 2014.

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