07 de agosto de 2024
Trânsito • atualizado em 13/11/2023 às 23:14

Três grandes licitações da SMM para Goiânia são pressionadas pela burocracia

O secretário acredita que até o final do governo de Rogério Cruz, esses três grandes projetos têm condições de serem finalizados.
Ciro Meireles afirma que alguns dos projetos mencionados terão custo zero para a SMM. (Foto: Diário de Goiás).
Ciro Meireles afirma que alguns dos projetos mencionados terão custo zero para a SMM. (Foto: Diário de Goiás).

Em entrevista ao Diário de Goiás, o secretário-executivo da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), Ciro Meireles, cita os três grandes projetos da pasta para Goiânia. São eles: implementação de um parque semafórico, implementação da área azul digital, e o uso de sensores nas lombadas eletrônicas. Conforme o secretário, até o momento não se deu início aos projetos devido a burocracia das licitações. 

No que tange à questão do parque semafórico, o secretário explica que ele será fundamental para o sincronismo do trânsito na cidade de uma forma inteligente. “Esse semáforo identifica a cauda de veículos e sincroniza a questão de tempo semafórico para o cruzamento onde tiver mais veículos e aquele local que não uma grande quantidade de veículos ele nem abrir. Então, o semáforo ficará sempre aberto para onde tem uma fluidez maior. Essa é a tecnologia do Parque Semafórico”.

Até o momento, o projeto está estagnado na confecção de termo de referência. “Foi feito já por duas vezes a tentativa de abrir essa licitação. Na hora que joga o termo de referência, tem impugnações de empresas por meio do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM)”, alega Meireles.  De acordo com o executivo, todas as correções exigidas pelo órgão de fiscalização foram feitas. O próximo passo é aguardar a publicação do termo para ter êxito no pregão eletrônico.

Retomando as demais tecnologias que o órgão busca implementar na capital, Meireles menciona a tecnologia da área azul digital. O objetivo é promover rotatividade com relação aos estacionamentos na cidade. Com a tecnologia será possível verificar vagas disponíveis próximas ao destino antes do deslocamento. “Vamos fazer com que aquele cidadão da sua casa, ele consiga identificar onde tem a vaga, que ele possa chegar e não ficar procurando”, conclui o secretário.

A terceira tecnologia que a secretaria almeja trazer para a cidade é a questão dos sensores inteligentes nas lombadas eletrônicas. “A tecnologia identifica a placa do veículo, faz a fiscalização não só de velocidade, como de todos os dados dos veículos que passam. Serão fotografados e então, será possível identificar os veículos que tem ocorrência de furto ou alguma outra”.

Prazos e investimentos

O secretário acredita que até o final do governo de Rogério Cruz, esses três grandes projetos têm condições de serem finalizados, porém não chegou a fornecer uma data concreta para início do cumprimento. “Tivemos vários empecilhos com relação à burocracia mesmo, mas está bem encaminhado e nós acreditamos que vamos sim ter o êxito e trazer essa tecnologia para a cidade”.

A pasta afirma que hoje não enfrenta dificuldades financeiras, e que alguns dos projetos mencionados terão custo zero para a SMM. Meireles confirma que a área azul digital não vai ter nenhum gasto para a cidade de Goiânia, assim como as lombadas eletrônicas. “Esses dois projetos serão um consórcio, a empresa vai vir, e ela será responsável por toda a instalação de mobiliário e de equipamento. E elas terão uma contrapartida do município”. 

Sobre o investimento no parque semafórico, o secretário não soube informar a precisão de valores que irá custar para a cidade.

Fiscalização 

Mesmo após anunciar um concurso que até o momento não teve continuação, Meireles garante que a cidade hoje não está desguarnecida com a quantidade de funcionários em operação. Porém, ele afirma que o concurso está no radar da SMM para os próximos anos. “Em 2024 não será possível devido ao ano eleitoral. A secretaria tem o cuidado para não definir o concurso como sendo um tipo de conotação política”, explica Ciro.

Para trazer um serviço de maior qualidade, precisamos sim de um contingente maior de agentes de trânsito. Até porque a cidade de Goiânia cresceu bastante. Então ela exige que nós tenhamos mais novos agentes de trânsito. Acredito que o prefeito Rogério Cruz já está trabalhando nessa questão do concurso, não só da SMM, como de outras secretarias também”, finaliza Meireles.

Atrasos descomunais 

Não é de hoje que Goiânia tenta ser uma cidade inteligente no quesito trânsito. Porém, os atrasos no andamento das iniciativas demonstra que esse desenvolvimento caminha ainda a passos curtos. Na campanha eleitoral de 2020, o ex-prefeito de Goiânia Maguito Vilela prometeu trazer tecnologia para Goiânia, além de tornar a capital uma cidade inteiramente digital.

Na época ele chegou a dar entrevista ao Diário de Goiás, onde colocou como prioridade: “Os sinais semafóricos conectados com softwares modernos. A chamada ‘onda verde’ onde você quase percorre uma avenida inteira com sinais abertos”, disse Vilela.

A questão da área azul digital também é uma promessa antiga. A implantação do estacionamento rotativo eletrônico pago – Área Azul estava em fase final para lançamento do edital em 2019. Na época, o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade apresentou o projeto em entrevista, mas até o momento Goiânia não é beneficiada com o aplicativo. 


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