18 de novembro de 2024
Goiânia • atualizado em 20/12/2020 às 09:37

Transporte coletivo continua parado em Goiânia neste domingo (20)

Terminal Bandeiras sem movimentação por conta da greve. (Foto: Reprodução/DG)
Terminal Bandeiras sem movimentação por conta da greve. (Foto: Reprodução/DG)

O transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia continua parado na manhã deste domingo (20), segundo informou o sindicato que representa as empresas concessionárias do serviço.

Das cinco operadoras do transporte, somente a Metrobus, que pertence ao Estado, está trabalhando normalmente. As quatro concessionárias privadas (Cootego, HP, Rádio Araguaia e Reunidas) não operam. Os motoristas estão na garagem, mas não saíram para rodar.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), os motoristas cobram o 13º salário e o pagamento atrasado de novembro.

O serviço está parcialmente paralisado desde sábado (19). Ao DG, o presidente do SET, Adriano Oliveira, disse que as empresas fariam um “apelo” aos motoristas para que o transporte voltasse a funcionar a partir deste domingo. Ele afirmou, porém, que não condena a greve.

“Nós somos contra a paralisação. Neste momento, somos contra a paralisação deles, que é pacífica e ordeira. Nós, hoje, estamos sem qualquer tipo de moral para cobrar deles qualquer posicionamento diferente. Por quê? Porque já vimos e estamos vivendo há algum tempo descumprindo prazos de pagamento, parcelando salários, com uma série de dificuldades. Diante disso, não tivemos como impedir essa paralisação”, explicou.

Uma reunião entre a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e o SET está prevista para 10h. No sábado, um encontro entre as partes terminou sem acordo.

Sindicato culpa empresas

O SindColetivo, que representa os motoristas de ônibus que atuam no transporte metropolitano de Goiânia, afirmou que os trabalhadores foram forçados a parar e que a greve “era das empresas”. Os dirigentes da entidade chamaram a paralisação de farsa.

O SET negou as acusações. ““Isso é uma inverdade. Infelizmente, o Sindicoletivo tem exatamente essa prática. A única ação do sindicato é no sentido de tentar demonstrar a categoria que tem um posicionamento firme de contestação às empresas e ao sistema de uma maneira geral, sempre com mentiras, coisas que não condizem com a realidade.”

Governo quer reunião com prefeitos eleitos

O governador Ronaldo Caiado afirmou que vai se reunir com prefeitos eleitos das cidades da região metropolitana para definir medidas que melhorem o transporte coletivo. O SET diz que o subsídio público é fundamental para manter a operação saudável.

“O transporte é muito importante para a cidade. Não existe cidade nenhuma no mundo, nem cidades muito desenvolvidas com sociedades muito mais ricas do que a nossa conseguem conviver sem transporte público. Ele é importantíssimo para as cidades e ele é viável sim, mas para ele ser viável, temos que ver ele como um transporte que precisa ser subvencionado”, argumenta o presidente do sindicato das empresas.


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