Subiu neste sábado (4) para 57 o número de pessoas mortas e para 300 o de cidades afetas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Com isso, já são 60,36% dos municípios atingidos. A capital, Porto Alegre, viveu um dia de caos com alagamentos, bloqueio de acessos, falta de energia e de água.
Das 57 mortes em decorrência dos temporais, dez estão em investigação para determinação da causa. O novo número supera as 54 mortes registradas em setembro do ano passado, durante a passagem de um ciclone extratropical. Os dados foram apurados pela Agência Brasil no Boletim da Defesa Civil estadual do RS.
Cerca de 67 pessoas continuam desaparecidas. Outras 74 se feriram na maior catástrofe meteorológica já vista pelos gaúchos. A Defesa Civil contabiliza que 32.640 desalojados e 9.581 estão temporariamente em abrigos.
Sobre os serviços de infraestrutura no estado, o governo do Rio Grande do Sul divulgou, neste sábado, que as chuvas deixaram 350 mil localidades sem energia elétrica, sendo 54 mil da distribuidora CEEE Equatorial somados a 296 mil pontos abastecidos pela empresa RGE Sul.
Em relação ao fornecimento de água tratada, a Corsan informa que 860,9 mil pessoas, 28% do total de clientes da companhia, estão sem abastecimento de água. As cheias também afetaram os serviços de telecomunicações (telefonia e internet) em 128 municípios.
Neste sábado, 128 trechos em 61 rodovias tinham bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes, no período da manhã.
As aulas estão suspensas em toda rede de ensino estadual, que conta com 2.338 escolas. Quase 200 mil (199.724) estudantes foram impactados pelo fechamento das salas de aula. Até o momento, 603 escolas afetadas, sendo 224 danificadas, 30 servindo de abrigo e as demais com problemas de acesso e outros.
Os temporais continuarão fortes neste fim de semana e podem agravar as enchentes. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até este domingo (5), a previsão é de chuva volumosa, podendo superar os 100 milímetros (mm) por dia, entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina.
As rajadas de vento podem superar os 60 km/h. O instituto prevê também a ocorrência de descargas elétricas (raios) e possível queda de granizo, no momento das tempestades mais severas.
As pessoas estão sendo orientadas a se cadastrarem para receber os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual.
O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) enviou na sexta-feira (3) equipe com 21 bombeiros e quatro cães de resgate para auxiliar nas operações de socorro no Rio Grande do Sul
Especialistas em salvamento em áreas deslizadas e colapsadas, dupla de bombeiro com cães de resgate e equipes de mergulhadores de segurança pública foram deslocados para a região.