Um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada com ferro de solda. A informação foi confirmada pelo ex-presidente.
Segundo o documento, conforme a CNN, um alarme de violação soou 00h07 deste sábado. O centro de monitoramento imediatamente acionou a equipe de policiais que fazem a escolta da casa do ex-presidente, que retornou o contato da secretaria com a informação de que Bolsonaro havia batido o equipamento na escada.
Em seguida, de acordo com o relatório, uma equipe do centro de monitoramento foi deslocada à casa do ex-presidente para averiguar a situação. Ao chegar no local, os agentes encontraram a tornozeleira com marcas de queimadura e avarias, especialmente no ponto de fechamento.
Ao ser questionado, Bolsonaro admitiu ter utilizado um ferro de solda quente, por “curiosidade”, para tentar manipular o aparelho. Ainda segundo a CNN, a pulseira que prende o equipamento não apresentava dano.
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso de forma preventiva, na manhã deste sábado (22), em Brasília, a pedido da Polícia Federal (PF). A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o filho do político, Flávio Bolsonaro, convocar vigília em frente à casa do pai, que cumpria prisão domiciliar, na noite desta sexta-feira (21), e em função da violação do equipamento.
Trata-se de uma medida cautelar, para a garantia da ordem pública, em função de “risco de fuga”, conforme mencionou Alexandre Moraes, na decisão. Segundo o ministro, a convocação da vigília em frente ao condomínio do ex-presidente “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” de Bolsonaro para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar” da qual o ex-presidente era alvo, algo semelhante à trama golpista, pela qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
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