Embora a taxa de desemprego esteja em alta, existem, atualmente, diversas empresas que enfrentam dificuldades para contratações. Isso porque há, também, poucos profissionais qualificados, de fato, para assumir determinadas funções. Portanto, para admitir e manter um talento é necessário que o ambiente de trabalho seja, também, um local atrativo.
A afirmativa é da mentora de talentos e negócios disruptivos e de carreira, Dilze Percílio, que é, também, diretora da Apoio Negócios. Especialista na área, a profissional explica que a melhor forma de conquistar um talento é aliando a uma empresa que tenha uma cultura de inovação, bons líderes, uma boa área de gestão de pessoas e, principalmente, um bom plano de carreira e uma boa sistemática de cargos de salários. “Se a pessoa entender que onde pode chegar dentro daquela empresa, é algo bom, ela vai querer ser contratada por ela. Se ver que não há possibilidade de crescimento, não”, enfatiza.
“Às vezes a empresa está contratando e demitindo, porque contrata mal. Às vezes contrata e a pessoa não fica, porque a empresa está mal. Então, é preciso olhar para dentro e ver como está a empresa. Se há uma boa marca empregadora, capaz de atrair e conquistar bons profissionais. Tem empresa que, quando uma vaga é divulgada, chove de candidatos. Outras, os candidatos não querem ir de forma alguma”, pontua a especialista..
Outro ponto, segundo a mentora, é o fato de ainda existirem empresas que não se preocupam com suas culturas organizacionais e, de certa forma, não motiva a permanência de seus funcionários. “Pelo fato de o clima ser ruim, a liderança ser ruim, a jornada de trabalho excessiva, o salário baixo, ‘manda quem quer e obedece quem tem juízo’. As pessoas não querem mais isso e alguns empresários ainda não entenderam”, explica Percílio.
“Se eu não tenho um ambiente engajador dentro das empresas e tenho outras oportunidades de obtenção de renda, que não é mais aquele trabalho tradicional, essas pessoas vão buscar outras formas de renda e realização profissional, porque os valores hoje são outros. As pessoas querem ter saúde, qualidade de vida e ser dona do próprio horário”, acrescenta a especialista.
Diante das afirmativas, Percílio diz que o primeiro caminho a ser feito é corrigir os erros citados, para que a empresa se torne um local atrativo de trabalho. Paralelo a isso, a mentora orienta para que a seleção seja realizada por meio de profissionais especialistas, capazes de captar perfis adequados e com competência, para se encaixar, de fato, à vaga. “Hoje, tem muitas pessoas que se dizem especialistas em atração, seleção e desenvolvimento de talentos e não tem”, frisa a mentora.
Outro ponto a ser estudado, conforme a especialista, são novas formas de planos de carreira e salários. “É preciso pensar algo de maneira diferente, que não seja tão hierarquizado. Realmente está sendo um desafio entender essa nova geração de talentos, e o que é propósito e valores para eles e entregar isso para a empresa”.
Leia mais sobre: Empresas e Negócios