SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Tite não dormiu na véspera do jogo desta quinta (10), contra a Argentina, no Mineirão. O nervosismo era natural antes de seu primeiro clássico. Mas a preocupação do técnico da seleção brasileira ia além. Enquanto muitos falavam do 7 a 1 na Copa de 2014, o treinador carregava traumas mais antigos em Belo Horizonte.
Em todas as oportunidades que comentava a expectativa para o jogo desta quinta, Tite repetia a preocupação com trabalho específico na cidade: no Atlético-MG, em 2005.
O trauma era claro. “Sei que não fiz um bom trabalho ali. Penso muito nisso”, admitia o técnico.
Bastaram 24 minutos de bola rolando para que a tensão começasse a virar alívio. Philippe Coutinho abriu o placar e mostrou que o trabalho atual de Tite na capital mineira, enfim, poderia ser reconhecido. Neymar, ainda no primeiro tempo, e Paulinho, na etapa final, garantiram o sono tranquilo do treinador.
E o reconhecimento veio. As mais de 53 mil pessoas que encheram o Mineirão ovacionaram Tite durante boa parte do segundo tempo. Os gritos de “olê, olê, olê, Tite, Tite” mostravam que Belo Horizonte, enfim, seria sinônimo de boas lembranças.
Mais que a vitória para a Argentina, Tite alcançou a quinta vitória consecutiva no comando da seleção brasileira, com excelentes 100% de aproveitamento. O Brasil segue na liderança das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, agora com 24 pontos. E com Tite mais tranquilo.
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