O deputado federal Thiago Peixoto (PSD-GO) defendeu a continuidade dos trabalhos do Congresso Nacional e aprovação das reformas em curso. Ele entende que não é possível admitir que a crise política contamine as atividades do Parlamento e travem a pauta de votações. Para ele, a recuperação econômica registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) depende da aprovação de reformas estruturantes. A necessidade é de manutenção das atividades e das votações.
Em artigo publicado neste sábado (10), o parlamentar goiano citou o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill em sua argumentação. “Se você estiver atravessando o inferno, não pare, continue caminhando. Essa frase forte e marcante, do britânico Winston Churchill, se aplica muito bem à realidade brasileira. Com a crise política instalada em vários núcleos do poder nacional, não podemos permitir que isso trave o País. Precisamos seguir em frente”, avaliou o deputado.
Thiago Peixoto lembrou que, no início de junho, o IBGE divulgou dados do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e que isso trouxe alento. “Após oito trimestres consecutivos de queda, a Economia brasileira voltou a crescer. Nos primeiros três meses de 2017, o PIB cresceu 1%, interrompeu a trajetória negativa e voltou aos patamares de 2014. Ainda não é ideal, pois o desemprego ainda continua alto e alguns setores precisam melhorar o desempenho, mas já são sinais de bonança em meio à tempestade”, destacou Thiago.
Segundo ele, na avaliação de especialistas, a retomada da atividade econômica tem a ver com a pauta de reformas iniciada no último semestre do ano passado e que está passando pelo Congresso. “Nesse sentido, outra análise comum e bem apropriada, é que as mudanças precisam continuar ocorrendo para dar sustentação ao crescimento. A chance que temos de continuar avançando é com a aprovação de reformas como a trabalhista e previdenciária, assim como foi com o teto de gastos públicos, em 2016”, ressaltou.
De acordo com o deputado federal, a relação é simples e direta: a Economia precisa de confiança. “E não é possível dar essa sensação sem estabilidade. Portanto, independente da crise que rodeia o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional tem que continuar trabalhando no sentido de aprovar as reformas. Independente das discussões sobre a permanência ou saída do presidente Temer, a agenda econômica precisa ser mantida”, explicou.
Thiago Peixoto ressalta que as análises em curso no Congresso Nacional não podem ser atingidas diretamente pela crise política. “As votações não podem ser contaminadas pela crise. Ainda que seja difícil, precisamos tentar separar as coisas. Temos que deixar de considerar apenas quem é o líder, o condutor, e passar a analisar a agenda positiva que está sendo construída. Paralisar as reformas nesse momento não interessa a ninguém: nem ao governo, nem à oposição e nem à sociedade”, chamou a atenção.
Thiago Peixoto ressalta que ser a favor da pauta de reformas não quer dizer relação de aliança com o presidente. “Elas (as reformas) buscam nossa sustentabilidade e não têm bandeira partidária. As reformas não são projetos deste ou daquele governo. Elas são projetos de Estado, de nação. E, nesse sentido, devem ser aprovadas. E o Congresso Nacional tem essa responsabilidade a assumir com o País”, concluiu.
Recentemente, Thiago Peixoto opinou que a expectativa era de um desfecho rápido para a crise e que um dos caminhos era a análise que seria feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na sexta-feira (9/6) votou em maioria contra a cassação da chapa Dilma Rousseff – Michel Temer. O parlamentar goiano tem destacado que as denúncias relacionadas com o presidente são muito sérias e que isso cria um clima de instabilidade ao redor do Palácio do Planalto. “Não temos compromisso com o erro”, é o que tem dito o parlamentar goiano.