21 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 13/02/2020 às 09:21

Temer, a população já entendeu!

Presidente Michel Temer promoveu mais um aumento de imposto (Foto: Falando Verdades)
Presidente Michel Temer promoveu mais um aumento de imposto (Foto: Falando Verdades)

Se o governo do presidente Michel Temer (PMDB) já tinha uma popularidade baixíssima, o que dizer agora após mais uma “bola fora”. O presidente da República, Michel Temer (PMDB) fez grandes esforços para baixar ainda mais o índice de aprovação dele ao anunciar mais um aumento de imposto. Desta vez reajustando impostos que incidem sobre os combustíveis.

O litro da gasolina poderá ficar até R$ 0,41 mais caro nas bombas. A alíquota passará de R$ 0,38 para R$ 0,79, por litro. O PIS/Cofins pago pelo distribuidor de etanol, antes zerado, foi a R$ 0,19. O litro do diesel poderá ficar até R$ 0,22 mais caro, já que alíquota subiu de R$ 0,24 para R$ 0,46. O governo informou que espera arrecadar R$ 10,4 bilhões neste ano com o aumento de imposto.

Após tomar mais uma medida impopular Temer declarou que “a população brasileira irá compreender” o aumento dos impostos cobrados sobre os combustíveis, “porque este é um governo que não mente, que não dá dados falsos”. O governo pode até não mentir, mas vem dando algumas desculpas bastante esfarrapadas para justificar ações que prejudicam a economia real, aquela vivida pelo cidadão comum.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 648 bilhões no primeiro semestre deste ano, um aumento real (descontando a inflação) de 0,77% frente ao mesmo período do ano passado. O resultado foi o melhor para o período desde 2015. Os números ainda são influenciados pelo baixo nível da atividade econômica em todo o ano. A arrecadação com imposto sobre importação caiu 9,21%; com o Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas e sobre o Contribuição Social sobre o Lucro Líquido caíram 3,18%; enquanto o PIS/Cofins recuou 2,34%.

A receita cresceu, mas a economia não se recuperou. O governo de Temer apresenta informações contraditórias. A maior preocupação deveria ser realmente reaquecer a atividade econômica, não aumentando a carga tributária. Com maior movimentação na economia nacional, mais lucro, mais emprego, consequentemente mais impostos. Temer no entanto parece não querer tomar medidas neste sentido. O presidente está mais preocupado em se manter a qualquer custo no poder.

Jantares, autorização de verbas para parlamentares, trocas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Para isso, não há cortes. Temer faz todos os esforços. Temer diz que a população vai entender. Na verdade, a população já entendeu. O povo entendeu que mais uma vez vai “pagar o pato”.