Ex-presidente da CBF e representante do Brasil no Comitê Executivo da Fifa até 2012, quando renunciou aos cargos, Ricardo Teixeira está entre os que mais receberam propina em negociações de contratos do futebol mundial, segundo o ex-chefe do futebol colombiano, Luis Bedoya.
O brasileiro foi citado em Nova York pelo cartola que fechou um acordo de delação premiada com a Justiça dos Estados Unidos no julgamento do escândalo de corrupção da Fifa, que investiga o suposto recebimento de quase R$ 500 milhões por dirigentes do futebol latino-americano ao longo dos últimos 20 anos.
Em depoimento ao advogado Bruce Udolf, que representa Manuel Burga, ex-chefe do futebol peruano, Bedoya disse que Teixeira, o ex-chefe do futebol argentino,
Julio Grondona, e Nicolás Leoz, então chefe da Conmebol, foram os que mais ganharam verbas ilícitas no esquema envolvendo negociações de direitos de transmissão de partidas de vários campeonatos.
O julgamento na Corte de Justiça do Brooklyn está agora em sua quarta semana e deve correr até o Natal, segundo a juíza Pamela Chen.
Os promotores dos EUA parecem se concentrar agora em acusações contra Burga e Juan Ángel Napout, ex-líder da Conmebol e ex-chefe da federação de futebol paraguaia.
Junto de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, eles são os únicos réus no caso que ainda se declaram inocentes das acusações e serão julgados por um júri popular.
Procurado, o advogado de Ricardo Teixeira não foi encontrado para comentar as declarações do delator.
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