11 de agosto de 2024
Cidades

Taxa de transmissão indica pandemia ainda em expansão em Goiás, diz UFG

Coronavírus segue em expansão. (Foto: Claudivino Antunes)
Coronavírus segue em expansão. (Foto: Claudivino Antunes)

A covid-19 ainda está em expansão em Goiás, conforme apontou uma nova nota técnica do grupo de modelagem da Universidade Federal de Goiás (UFG). Para fazer tal afirmação, os pesquisadores estimaram a taxa Re, que representa o número reprodutivo efetivo do coronavírus Sars-CoV-2, que estaria muito próximo ou acima de 1 na maioria dos municípios.

De acordo com os cientistas, quando o Re é maior que um, a doença ainda acelera. Em Goiás, ele estaria em 1,042, segundo a pesquisa, significando que cada cem infectados poderiam transmitir o vírus para cerca de 104 pessoas.

O intervalo de confiança é de 95% variando entre 0,804 e 1,232. Esse valor, explica o grupo, é bem superior ao que seria se não fossem considerados os atrasos de notificação (um valor de 0,549), o que não condiz com a realidade do número de casos observados.

Os cientistas afirmam ainda que estimar essa taxa com dados reais hoje em Goiás e no Brasil todo é difícil pois há um grande atraso na notificação dos dados dependendo do município. Por isso o grupo realizou cálculos, descritos na nota técnica, para estimar o número de casos por período no estado.

Taxa nos municípios

O grupo mediu o Re dos municípios com população maior que 100 mil habitantes e indicou que todas estão próximas de 1. De modo geral, considerando os intervalos de confiança, todos esses municípios ainda poderiam apresentar valores de Re maiores do que 1,0 indicando ainda aceleração da pandemia. Ele ressaltam que há uma tendência de que o Re possa ser já inferior a 1,0 em Rio Verde e Aparecida de Goiânia.

Os valores de Re foram também estimados para os 246 municípios de Goiás, a partir dos dados corrigidos pela defasagem de confirmação. Esses valores foram estimados apenas para os municípios com mais de 50 casos confirmados em 23 de setembro e que tiveram novos casos nos últimos 30 dias.

Em função da variação do padrão de defasagem, optou-se por mapear a média dos valores de Re nos últimos 7 dias (referindo-se, portanto, às transmissões que potencialmente ocorreram no final de agosto/início de setembro). Os pesquisadores explicam também que Re altos em populações pequenas precisam ser bem analisados em termos absolutos e não relativos (por ex. um aumento de 5 para 8 casos em uma cidade).

Veja a estimativa da taxa de reprodução por cidade acima de 100 mil habitantes



Leia mais sobre: / Cidades / Destaque

Comentários

0 Comentários
Mais Votado
Mais Novo Mais Antigo
Opiniões Inline
Ver Todos os Comentários