As tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, entraram em vigor nesta quarta-feira (12), afetando cerca de US$ 150 bilhões em produtos metálicos. A medida impacta diretamente grandes parceiros comerciais dos EUA, como Canadá, México e Brasil – que é o segundo maior fornecedor de aço ao mercado norte-americano.
Com a expiração de isenções e cotas, as exportações brasileiras podem sofrer redução, afetando empresas voltadas ao mercado externo. Já aquelas que atuam mais no mercado interno podem enfrentar queda nos preços devido ao aumento da oferta.
Em um comunicado, o porta-voz da Casa Branca afirmou que a decisão anunciada por Donald Trump no início de fevereiro vale para “o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais” logo nas primeiras horas de quarta. “De acordo com suas ordens executivas anteriores, uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, sem exceções ou isenções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite de 12 de março”, disse Kush Desai, assessor político de Trump.
Impacto no Brasil
Atualmente, o Brasil exporta 4,1 milhões de toneladas de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá (6 milhões de toneladas) e à frente do México (3,2 milhões de toneladas). Como os EUA são grandes consumidores de aço e alumínio para indústrias como a automotiva e a construção civil, a mudança nas tarifas pode gerar impactos no comércio global.
Embora se espere que o movimento gere tensões nas relações comerciais entre Washington e Brasília, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se pronunciará sobre o assunto nesta terça-feira.
Leia mais sobre: Comércio exterior / Donald Trump / EUA / Taxa do aço e alumínio / Brasil / Mundo