O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta segunda-feira (10) a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país, medida que entrará em vigor a partir de 4 de março. Em um pronunciamento na Casa Branca, Trump justificou a decisão como essencial para a proteção das indústrias norte-americanas desses setores e afirmou não temer retaliações da comunidade internacional.
“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, declarou Trump durante a assinatura do decreto presidencial.
A medida impacta diretamente diversos parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Brasil, que está entre os maiores exportadores de aço para o mercado norte-americano, ao lado de Canadá e México. A decisão segue a mesma linha adotada pelo governo Trump em seu primeiro mandato, quando a imposição de tarifas sobre metais gerou preocupação na indústria brasileira, levando algumas empresas a anunciarem demissões. Contudo, na ocasião, o governo dos EUA recuou e suspendeu as taxas.
Desta vez, no entanto, o presidente norte-americano deu sinais de que não pretende rever a decisão. Questionado por repórteres sobre a possibilidade de retaliação por parte de países afetados, Trump foi enfático: “Eu não me importo. Se houver retaliação, nós retaliaremos. É recíproco. Se eles aumentam, nós aumentaremos automaticamente”.
Reações
Líderes globais reagem à decisão dos EUA de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu resposta da União Europeia, enquanto o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, garantiu uma posição firme contra a medida.
Na Ásia, a Coreia do Sul buscará negociações para proteger seus interesses. O chanceler alemão, Olaf Scholz, destacou a necessidade de solidariedade europeia diante da decisão. No Brasil, o governo avalia possíveis medidas em resposta às tarifas impostas por Washington.
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