Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, negocia uma filiação ao Republicanos. O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que, apesar de a ida do ministro à sigla não estar fechada, a probabilidade de Tarcísio se filiar ao partido comandado pelo deputado federal Marcos Pereira é grande. O ato deve acontecer na próxima semana, já que o prazo de filiação partidária e da renúncia do ministro para disputar cargos eletivos vai até o dia 2 de abril.
As tratativas representam uma virada de chave, já que nas últimas semanas a ida ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, era dada como mais provável, inclusive pelo próprio Tarcísio. A sustentação à campanha de Bolsonaro, no entanto, mexeu nesse cenário. Segundo interlocutores, a avaliação é de que a filiação de Tarcísio ao Republicanos ajudará numa costura nacional de apoio nacional à reeleição do chefe do Executivo.
Nos últimos tempos, a relação entre Bolsonaro e o partido revelava sinais de desgaste. Parte do Centrão, o Republicanos vinha demonstrando insatisfação com a falta de espaço no governo, como mostrou o Estadão/Broadcast. Em fevereiro, Marcos Pereira chegou a criticar Bolsonaro publicamente. O tom começou a mudar nas últimas semanas. Durante o ato de filiação de Mourão ao Republicanos, no último dia 16, Pereira afirmou que as conversas com Bolsonaro estavam avançando.
A possível filiação de Tarcísio ao Republicanos deve representar um sinal verde importante para frear o desembarque da sigla na empreitada pela reeleição de Bolsonaro – com um palanque de destaque, como é o de São Paulo. Além disso, mexerá no tabuleiro da eleição paulista, com o consequente abandono do partido no apoio a candidatura do hoje vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que também entrará na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Para formar a chapa encabeçada por Tarcísio, a deputada Janaína Pascoal (PRTB-SP) e o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf continuam como os principais cotados a candidatos ao Senado. O apresentador José Luiz Datena (União Brasil) também estava na lista, mas por enquanto a aliança é descartada, após Datena fechar chapa com Garcia. (Estadão Conteúdo).
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