Depois de quase uma semana foragido, o agente de telecomunicações da Polícia Civil, Rogério de Almeida Felício, conhecido como “Rogerinho”, se entregou à polícia nesta segunda-feira (23) em Santos, no litoral paulista. A entrega aconteceu após uma intensa busca, que gerou grande repercussão e mobilizou as autoridades em diversas frentes.
Na terça-feira (17) da semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) havia decretado a prisão temporária de Rogerinho, além de outros dois membros da corporação: o delegado Fábio Baena e o chefe de investigações Eduardo Monteiro. Todos estavam envolvidos em um escândalo de irregularidades e abusos de poder dentro do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o que motivou a ação da Justiça.
Rogerinho é citado na delação do empresário Vinícius Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 8 de novembro. As suspeitas de ligação com o PCC, a incompatibilidade entre os vencimentos e o patrimônio do policial já tinham sido apontados pelos investigadores desde novembro. Segundo a delação ele teria ficado com um relógio de luxo do empresário. O empresário revelou à polícia que uma caixa contendo cerca de 20 relógios de luxo que ele colecionava foi apreendida durante sua prisão por esses policiais.
Vale reforçar que Gusttavo Lima não é investigado no inquérito. A assessoria do cantor informou para a TV Globo que Rogerinho prestou serviço em alguns shows como integrante da equipe de segurança do artista. “Tomamos conhecimento da operação na manhã de hoje (17) e esperamos que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos perante a autoridade policial que preside a investigação”, informou em nota o Balada Eventos.