O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo nesta quarta-feira (3) por determinação do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão faz parte da segunda fase da operação Fames-19, da Polícia Federal, que apura o desvio de emendas parlamentares destinadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.
De acordo com a PF, os recursos, que deveriam ser aplicados na compra de cestas básicas e frango congelado para famílias vulneráveis, foram alvo de fraudes. O suposto esquema teria causado prejuízo de R$ 73 milhões aos cofres públicos. Parte do dinheiro, segundo as investigações, foi usado na aquisição de imóveis de luxo, compra de gado e despesas pessoais ligadas ao governador e aliados.
Ao todo, 51 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes cidades, com o apoio de mais de 200 policiais federais. Essa é a segunda vez que Barbosa se torna alvo da operação: em agosto de 2024, ele já havia sido alvo de buscas.
A assessoria do governador ainda não se manifestou sobre a decisão judicial nem sobre as acusações. Com o afastamento, o cenário político de Tocantins entra em instabilidade, já que Barbosa é a principal liderança do Republicanos no Estado e vinha se movimentando para consolidar alianças de olho nas eleições de 2026.
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