A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quinta-feira (11), o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, com a análise da ministra Cármen Lúcia, decana da Corte. O julgamento envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, o tenente-coronel Mauro Cid e outros réus acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e outros crimes.
Na sessão de quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux votou pela condenação do delator Mauro Cid e de Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. Ambos foram enquadrados pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No entanto, Fux votou pela absolvição de Bolsonaro e dos outros cinco réus.
Até agora, o placar está 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro e mais cinco acusados, e 3 a 0 pela condenação de Mauro Cid e Braga Netto por ao menos um crime. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam se posicionado pela condenação de todos os réus.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação de Bolsonaro pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. A soma das penas pode chegar a 30 anos de prisão.
Após o voto da ministra Cármen Lúcia nesta quinta, o último a se manifestar será o presidente da Primeira Turma, o ministro Cristiano Zanin. O julgamento deve ser concluído até a próxima sexta-feira (12).
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