23 de dezembro de 2024
Educação • atualizado em 31/07/2021 às 17:48

Sociedade Goiana de Pediatria defende retorno às aulas presenciais

Aulas presenciais em meio à epidemia de covid. (foto: MEC)
Aulas presenciais em meio à epidemia de covid. (foto: MEC)

A Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) recomendou neste sábado (31) que crianças e adolescentes retornem às aulas presenciais. A posição foi verbalizada por meio de nota.

Segundo a SGP, os dados mostram baixas taxas de hospitalizações e mortes por covid-19 no estado nesta faixa etária, com 1,5% e 0,35%, respectivamente. A entidade cita ainda que a rede estadual de saúde tem mantido capacidade de atendimento em UTIs pediátricas.

“A comunidade científica mundial tem apresentado dados convincentes que apontam a menor suscetibilidade das crianças à infecção pela covid-19”, justifica. A SGP destaca ainda pesquisas que mostram que mesmo as variantes mais transmissíveis do Sars-CoV-2 não têm se mostrado um risco a crianças e adolescentes.

Por fim, a SGP diz que os prejuízos emocionais do isolamento social, incluindo depressão, automutilação e suicídio, podem representar grandes riscos. “O ambiente escolar é o local propício para interação, desenvolvimento social, acolhimento e proteção de crianças e adolescentes que estão em plena formação cerebral”.

As aulas na rede estadual estão marcadas para voltar, em regime híbrido (com aulas presenciais e remotas) na próxima segunda-feira (2). As salas serão limitadas a 50% da capacidade total, mantendo distanciamento mínimo e obrigatoriedade do uso de máscaras. Na rede municipal de Goiânia, a volta está prevista para 16 de agosto.

O Diário de Goiás solicitou entrevista com a SGP, mas a entidade afirmou que só se manifestará por meio de nota.

Confira a nota na íntegra

Sobre a proximidade da volta às aulas na rede pública de Goiás, a SGP (Sociedade Goiana de Pediatria), entidade que representa cientificamente os médicos pediatras do Estado, recomenda e incentiva que os pais optem pelo retorno dos filhos às atividades escolares presenciais. 

A volta à sala de aula é defendida pela SGP tendo como base números apurados ao longo da pandemia. Um levantamento da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) mostra que as taxas de internações e mortes pela covid-19 em crianças permanecem estavelmente baixas, com percentual de 1,5% e 0,33% respectivamente. Em Goiás, na data de ontem, a taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica para covid-19 na rede pública estava abaixo da capacidade total – movimento que se mantém ao longo de toda a pandemia. 

A comunidade científica mundial tem apresentado dados convincentes que apontam a menor suscetibilidade das crianças à infecção pela covid-19. As constatações se dão mesmo diante das novas variações do vírus, consideradas mais transmissíveis. Como base de comparação, os sintomas do Sars-CoV-2 em pacientes pediátricos têm se manifestado de forma mais branda do que os quadros de infecção pelo vírus influenza (gripe comum).

Para além da preocupação natural e não menos importante relacionada a infecção pelo novo coronavírus, a pediatria está atenta aos prejuízos emocionais causados pelo isolamento social, como depressão, automutilação e suicídio. Os especialistas também estão concentrados nos danos sociais que o afastamento da sala de aula trouxe e ainda poderá trazer sobre toda uma geração de indivíduos concernente a aquisição de habilidades cognitivas. A SGP compreende que o ambiente escolar é o local propício para interação, desenvolvimento social, acolhimento e proteção de crianças e adolescentes que estão em plena formação cerebral. 

A SGP – instituição que zela pela saúde da população infantil – acompanha de perto os impactos da pandemia e entende que o atual cenário de avanço da vacinação no Brasil deve ser argumento suficientemente capaz de convencer pais e responsáveis de que crianças e adolescentes não devem mais ser privados do direito ao convívio social proporcionado pela escola. Embora a pandemia ainda não tenha acabado, não é motivo de menos importância os impactos emocionais e cognitivos que o distanciamento da sala de aula pode acarretar. 

O imediato retorno às aulas presenciais, com a aplicação dos devidos protocolos sanitários e observação das regras estaduais e municipais, deve ser considerado pelas famílias como ação primordial visando o bem-estar e o bom desenvolvimento dos filhos ou daqueles que estejam sob sua responsabilidade.


Leia mais sobre: / Destaque / Educação