A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) confirmou que nove foragidos da Justiça goiana estão entre os mortos na megaoperação da Polícia do Rio de Janeiro realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no último dia 28 de outubro. A confirmação foi feita por meio de um cruzamento de informações entre as Polícias Científicas dos dois estados.
Inicialmente, a SSP-GO havia informado que seis goianos estavam entre os mortos. O número foi atualizado após o recebimento oficial das identificações feitas pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio. “A gente aguardava de forma oficial através da Polícia Técnica Científica do Rio de Janeiro para nossa Polícia Técnica Científica”, afirmou o secretário de Segurança Pública de Goiás, Renato Bruno dos Santos.
De acordo com a SSP-GO, todos os mortos eram integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e possuíam mandados de prisão em aberto. Entre eles, estão nomes conhecidos da criminalidade em Goiás, como:
- Fernando Henrique dos Santos (“Fernandinho” ou “Periquito”) – homicídio, tráfico, roubo e porte ilegal de arma;
- Marcos Vinícius da Silva Lima (“Brancão” ou “Rodinha”) – roubo qualificado, tráfico e tentativa de homicídio;
- Adan Pablo Alves de Oliveira (“Madruga”) – tráfico, homicídio e corrupção de menores;
- Cleiton César Dias Mello (“Cleitinho”) – homicídio qualificado, tráfico e receptação;
- Éder Alves de Sousa (“Disquete”) – homicídio, roubo, tráfico e falsificação;
- Vanderley Silva Borges (“Derley” ou “Cabeção”) – homicídio, tráfico, tortura e associação para o tráfico;
- Rafael Resende Ferreira (“Panela”) – homicídio, tráfico e furto;
- Keven Vinícius Sousa Ramos (“Gordim” ou “Kevin”) – tráfico, roubo e receptação;
- Lucas Alves Araújo (“Luquinha” ou “VM”) – roubo qualificado, tráfico e porte ilegal de arma.
A confirmação ocorreu durante coletiva de imprensa da SSP-GO, que também tratou da investigação sobre o foguetório registrado em diversos bairros da Região Metropolitana de Goiânia nesta semana. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, parte dos presos pelo episódio tem ligação com o Comando Vermelho, e o ato pode ter sido uma demonstração de apoio à facção após as mortes no Rio.
“O que apuramos até agora é que alguns dos detidos são ligados à facção e outros são simpatizantes. Todos vão responder por porte de arma de fogo, apologia ao crime e uso e posse de entorpecentes”, informou Ganga. A SSP-GO reforçou que segue atuando de forma integrada com as forças de segurança de outros estados para monitorar e coibir a atuação de facções criminosas em Goiás.
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