Dois dos 117 suspeitos mortos durante a operação de terça-feira (28), no Rio de Janeiro, lideravam o tráfico de drogas em Goiás, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro. São eles: Fernando Henrique dos Santos, o Fernandinho, 29 anos, e outro identificado como, “Rodinha” – ainda não está claro se era o apelido de Rafael Resende Ferreira ou de Marcos Vinícios da Silva Lima, também morto na ação policial.
Fernando começou a ser preso em 2014 e, após várias passagens, estava foragido desde 2020, reaparecendo somente agora, morto durante a operação policial realizada no centro de poder do Comando Vermelho, localizado nos complexos da Penha e do Alemão, no rio.
Além dele, de Goiás, outros quatro tinham sido identificados após serem mortos na operação. São eles:
- Rafael Rezende que respondia pelo homicídio do filho de um PM de Goiás, uso de documento falso e tráfico de drogas.
- Marcos Vinícios da Silva Lima, réu por adulteração e recepção de veículos, roubo majorado e tráfico de drogas.
- Éder Alves de Souza, 37, conhecido como Disquete, que tinha passagens por roubo, porte ilegal de arma de fogo e explosão de caixas de banco.
- Adan Pablo Alves de Oliveira, 28, traficante, condenado por homicídio.
Conforme monitoramento da inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, todos faziam parte do grupo de quase 50 criminosos de Goiás que estavam vivendo nas comunidades cariocas, a maioria deles ligados ao Comando Vermelho. De lá, davam as coordenadas para traficantes e outros criminosos agirem em Goiás.
Essa situação levou o governador Ronaldo Caiado a destacar a importância da repressão ao crime organizado no Rio de Janeiro. “Temos 47 no Rio de Janeiro operando, dando ordens em Goiás. O Rio não é problema só dos cariocas. É um local onde está acolhendo principalmente os comandantes do Comando Vermelho de cada uma das regiões do Brasil e dando a eles total liberdade para que eles continuem a comandar o tráfico nos demais estados”, afirmou na quinta-feira (30).
Nove líderes do tráfico foram mortos
Junto com os dois goianos, somaram nove os mortos que segundo o secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, seriam chefes do tráfico com atuação nas diferentes regiões do Brasil.
Ele divulgou a lista com os nomes desses líderes após a identificação de 99 pessoas mortas durante a operação. Segundo a SSP-RJ, 78 delas tinham algum tipo de antecedente criminal e 42 possuíam mandados de prisão em aberto.
Até o momento nenhum nome divulgado é do estado do Rio de Janeiro. Curi, afirmou ainda que dos complexos da Penha e do Alemão partem todas as ordens e diretrizes para todos os estados onde a facção tem algum tipo de atuação.
Lista de chefes mortos:
- PP, chefe do tráfico no Pará
- Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus (AM)
- Gringo, chefe do tráfico em Manaus (AM)
- Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana (BA)
- DG, chefe do tráfico na Bahia
- FB, chefe do tráfico na Bahia
- Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás
- Rodinha, chefe do tráfico em Itaberaí (GO)
- Russo, chefe do tráfico em Vitória (ES)
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