As frequentes quedas de energia em Goiás tomaram uma proporção tão grande que a Assembleia Legislativa (Alego) realiza amanhã, 31, uma audiência pública com diretores da Equatorial Energia, com transmissão ao vivo. A audiência, marcada para 9h, foi definida como alternativa que pode evitar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
A proposta de CPI foi apresentada pelo deputado estadual Gugu Nader (Agir). Nos últimos dias ele vem declarando que espera explicações sobre as interrupções frequentes no fornecimento de energia elétrica.
Mas o parlamentar também quer que a Equatorial apresente seu planejamento para evitar que a situação se agrave ainda mais no período de chuvas intensas, que está por vir.
Nas últimas semanas, em quase todas as sessões, deputados da situação e da oposição têm usado a Tribuna do Plenário da Alego para relatar problemas em suas regiões, causados pela irregularidade no abastecimento de eletricidade por parte da concessionária. Eles dão eco à queixa de produtores rurais, empresários, comerciantes e do consumidor doméstico, afetados pelo problema.
A decisão de aguardar a audiência primeiro, antes de colher assinaturas para a CPI, foi tomada no dia 2 de outubro. Na ocasião, como mostrou reportagem do Diário de Goiás, o CEO da Equatorial em Goiás, Lerner Jayme, prestou esclarecimentos ao presidente da Alego, Bruno Peixoto, e a deputados de comissões como a de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Educação.
Ele reconheceu os problemas, citou a herança de uma estrutura defasada e os investimentos feitos pela empresa, mas a audiência foi mantida.
A audiência deve ser conduzida pelas três comissões. O parlamentar garante que já conseguiu apoio verbal de mais de 16 deputados, número suficiente para a instalação de uma CPI.
Vão participar da audiência o presidente da Equatorial Goiás e diretores da Holding, informou a assessoria de imprensa.
Em nota, a empresa descreveu a Audiência Pública como uma oportunidade de discussão ampla do poder público, das instituições e da sociedade civil, visando uma comunicação transparente e esclarecimentos à população.
“Por sua vez, o papel da empresa é o de dialogar e apresentar o seu serviço e operação, fornecendo as explicações e esclarecimentos necessários.”
Por fim, a Equatorial reconhece que seu desafio em Goiás é grande, mas assegura que a dimensão do trabalho que está sendo executado também é.
“A distribuidora tem convicção da sua capacidade em transformar a realidade do setor elétrico goiano, assim como vem realizando nos outros estados onde atua, e tem a convicção de que a população vai perceber, gradativamente, os efeitos e os resultados das ações em andamento”, finaliza a nota.