07 de agosto de 2024
Sabatina do JN • atualizado em 27/08/2022 às 05:17

Simone Tebet se isenta de responsabilidades do MDB sobre corrupção e joga culpa para “petrolão do PT”

Senadora tem chapa exclusivamente feminina e também reforçou seu desejo em sancionar projeto de igualdade salarial entre homens e mulheres
Candidata a Presidência é do MDB, maior partido do Brasil e legenda com mais prefeitos no país. (Foto: reprodução)
Candidata a Presidência é do MDB, maior partido do Brasil e legenda com mais prefeitos no país. (Foto: reprodução)

A senadora Simone Tebet (MDB), candidata a Presidência sabatinada pelo Jornal Nacional da rede Globo nesta sexta-feira (26), começou a entrevista respondendo perguntas sobre corrupção em seu partido e políticos que cometeram crime e continuam na legenda. Repetindo chavões como os de dizer que só haverá pessoas competentes e honestas em seu governo, a candidata também fugiu do assunto dizendo que só há “meia dúzia” de corruptos para inúmeros bons nomes no MDB.

“O MDB é muito maior do que meia dúzia de seus políticos e seus caciques. É o maior partido do Brasil, um partido que vem da base, da redemocratização. É um partido ético, que tem, sim, uma meia dúzia que esteve envolvida no petrolão do PT, e hoje não estão conosco. Inclusive, tentaram puxar o meu tapete há pouco tempo atrás. Tenho como espelho como Ulysses Guimarães, Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos”, disse, jogando para colo de Lula as responsabilidades.

Reforçando e buscando pelo voto feminino, Tebet também falou que, se presidente, governará não só como senadora, deputada, ou prefeita que foi, mas com “alma da mulher” e “coração de mãe” e afirmou que atualmente mulheres não votam em mulheres porque ainda desconhecem os quadros que disputam as eleições. “A mulher vota em mulher, se souber que tem uma mulher competitiva, corajosa, que trabalha”, disse.

Neste sentido, a senadora também afirmou que seu primeiro projeto sancionado, caso eleita, é o que permita que mulheres e homens ganhem o mesmo salário em casos de mesma função. “É um projeto que aprovamos no Senado e está parado na Câmara […] hoje, mulheres ganham 20% menos do que homens. Se for negra, ganha 40% menos. Estamos há 20 anos lutando por um projeto como esse e não conseguimos, mas, se eu for eleita, essa será a prioridade número 1 da pauta feminina”, garantiu. A chapa da candidata, inclusive, é exclusivamente feminina.

Tebet também defendeu uma reforma tributária que diminua tributos sobre o consumo e uma Lei de Responsabilidade Social para erradicar a pobreza no país. De acordo com ela, a reforma também seria importante para possibilitar o financiamento da Lei de Responsabilidade Social, proposta pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Tasso chegou a ser cogitado como candidato a vice na chapa de Tebet, posto que acabou sendo ocupado pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

Em outros pontos, a candidata também comentou sobre a intenção de erradicar a pobreza em quatro anos. “Esse projeto, que está organizado, depende de duas coisas: reforma tributária e o Brasil voltar a crescer”. O projeto estaria aprovado pelos “melhores” economistas liberais que aconselham a sua candidatura, segundo Tebet.

Afirmando ser “apaixonada por educação”, Tebet garantiu que quer estudantes de escola pública com mesmo ensino das escolas particulares e a prioridade na qualificação. “Qual é o direito social mais importante de um cidadão? É o direito ao trabalho. Não tem trabalho que não tem qualificação, ou tem um subtrabalho ou ele vai para a informalidade. Ele tendo educação, ele tem direito ao trabalho que garante comida na mesa, o aluguel, o lazer, a felicidade que dá esperança para as pessoas. Educação não tem como não ser prioridade nacional, ela vai ser prioridade nacional absoluta”, disse.

Tebet foi a quarta e última dos candidatos à Presidência das eleições que acontecem em 02 de outubro a marcar presença no Jornal Nacional da TV Globo, depois do Presidente Jair Bolsonaro, de Ciro Gomes e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


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