Diante da prisão do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil – RJ) por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, a deputada federal Silvye Alves (União Brasil – GO) solicitou a expulsão do parlamentar do partido. Ainda neste domingo (24), a deputada deve se reunir com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, para análise do pedido.
Além de Chiquinho Brazão, também foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e irmão do deputado, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão no estado, ação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em nota, o União Brasil afirma que apesar de ser filiado do partido, Chiquinho Brazão não mantinha relacionamento e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização para desfiliação. O União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima terça-feira, dia 26 de março. O estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, diz.
Prisão
A prisão de Domingos e Chiquinho Brazão e de Rivaldo Barbosa acontece uma semana depois de o STF homologar o acordo de delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial e executor do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O caso foi conduzido pelo Supremo por envolver Chiquinho Brazão, que é político com foro privilegiado.
No dia 20 de março deste ano, Chiquinho Brazão publicou uma nota após receber a acusação dizendo ter sido “surpreendido pelas especulações” e que o convívio com a vereadora era “amistoso e cordial”. No início do ano, Domingos Brazão informou que não conhecia e não se lembrava de Marielle Franco.
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